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23/11/2024 — 09:20
  (Horário de Brasília)

Familiares denunciam negligência em caso de jovem com feto morto no útero há dias após acidente em Cabo Frio

Rebeca Marinho sofreu um acidente de moto na última segunda-feira (16) e está internada no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, desde então

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Amigos e familiares de Rebeca Marinho, de 25 anos, acusam o Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC) de Araruama de negligência. Isso porque a jovem, internada na unidade desde segunda-feira (16) após sofrer um gravíssimo acidente em Cabo Frio, onde sofreu múltiplas fraturas, encontra-se com seu bebê de sete meses morto no ventre desde então.

A ocorrência foi registrada na Avenida América Central e envolveu uma moto, um carro e um ônibus, deixando duas pessoas feridas, incluindo Rebeca. Durante o ocorrido, ela quebrou um braço, uma perna e a bacia. Por conta da gravidade no quadro, a jovem foi encaminhada ao HERC, onde permanece internada desde então.

De acordo com pessoas próximas, Rebeca precisa passar por uma cesária para retirar o feto, contudo, o procedimento cirúrgico, que seria de alto risco devido ao seu atual estado de saúde, precisaria ser acompanhado por um ortopedista.

“Só no Rio tem a estrutura que ela precisa para ser operada. O médico disse que o Hospital Regional não tem essa estrutura para poder operá-la”, disse uma amiga.

Nas redes sociais, uma grande movimentação cobrando respostas das autoridades vem ocorrendo desde esta quarta-feira (18), tendo em vista que a presença de um feto morto no útero pode causar sérias complicações de saúde para Receca, principalmente se o corpo não expelir o bebê de forma natural.

Uma das principais preocupações é o risco de infecção grave, que pode evoluir para uma condição chamada sepse, infecção generalizada no corpo que é potencialmente fatal se não tratada a tempo.

No caso de uma mulher com fratura na bacia, o manejo da situação é ainda mais delicado, pois a fratura limita a capacidade de realizar determinados procedimentos cirúrgicos, como uma cesariana de emergência, em um ambiente inadequado ou sem os recursos hospitalares apropriados. A remoção do feto em um hospital com infraestrutura adequada é essencial para minimizar os riscos tanto da infecção quanto de complicações associadas à fratura.

Diante dos fatos, o Portal RC24h entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, questionando sobre o que será feito neste caso. Em resposta, foi enviada a seguinte nota:

“A direção do Hospital Estadual Roberto Chabo esclarece que a paciente Rebeca Marinho Moreira deu entrada na unidade em estado grave e foi prontamente atendida por uma equipe multidisciplinar, que realizou todos os procedimentos necessários para a estabilização do quadro. A transferência para o Hospital Estadual Azevedo Lima só foi iniciada depois que a paciente apresentou condições clínicas para continuidade do tratamento e transporte”.

Ludmila Lopes

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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