Na última quinta-feira (7), o garçom Matheus foi vítima de agressões físicas e verbais dentro do estabelecimento onde trabalha, localizado em Araruama, na Região dos Lagos.
Em entrevista exclusiva à equipe RCFM, o trabalhador e a esposa, Isadora, detalham que ele já sofria ataques verbais de uma colega de trabalho por meio de “brincadeiras” quanto à sexualidade, pelo fato de se relacionar com uma mulher trans. O caso se tornou mais grave após uma discussão com a funcionária em questão, durante a qual ela teria proferido ofensas homofóbicas.
Após o desentendimento, o namorado da funcionária entrou no local e o agrediu fisicamente, além de fazer ameaças de morte. O garçom e a esposa posteriormente buscaram atendimento médico e procuraram a polícia. Eles ainda afirmam que não houve nenhum auxílio da empresa ou do poder público nesse sentido, precisando realizar todos os procedimentos por conta própria ou com ajuda de representantes de outra cidade, como a vereadora Benny Briolly, de Niterói.
Matheus e Isadora reforçam a importância de as mídias e o poder público tratarem da pauta da transfobia, dando visibilidade ao caso e ao de outras pessoas que sofrem com o crime. Eles também relatam dificuldades nas relações pessoais: Matheus foi expulso de casa pela mãe ao assumir o namoro com uma mulher trans.
O processo segue judicialmente. O casal, em conjunto com a vereadora niteroiense, está promovendo um ato de repúdio no próximo dia 15 de agosto, às 16h, na Praça da Bíblia, em Araruama, com a presença de diversas entidades e ONGs LGBTQIA+ da Região dos Lagos.