09/03/2025 — 20:08
  (Horário de Brasília)

Estudo revelado no Dia da Mulher mostra São Pedro da Aldeia como a segunda pior cidade para mulheres no Brasil

Desigualdade de gênero atinge nível alarmante em 85% das cidades do Brasil

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Um estudo inédito revelou que São Pedro da Aldeia (RJ) é a segunda pior cidade do Brasil para as mulheres, ficando atrás apenas de Paranaguá (PR). O levantamento, divulgado no Dia Internacional da Mulher, analisou 319 municípios com mais de 100 mil habitantes e mostrou que 85% das cidades brasileiras possuem altos índices de feminicídio, baixa representatividade política feminina e desigualdade salarial. A cidade de Macaé (RJ) também aparece no ranking com indicadores preocupantes.

A pesquisa, realizada pela Tewá 225, revelou que 99% dos municípios analisados apresentam taxas de feminicídio muito altas, acima de 3 casos para cada 100 mil mulheres.

Duas cidades da Região dos Lagos estão no top 10, mas no geral todas estão mal:

  • São Pedro da Aldeia ficou em 2° (Índice 14,98 de 100)
  • Macaé ficou em 4° (Índice 18,78 de 100)
  • Rio das Ostras (RJ) em 11° (Índice 23,28 de 100)
  • Maricá ficou em 245° (Índice 38,77 de 100)
  • Cabo Frio (RJ) ficou em 270 ° (Índice 40,09 de 100)
  • Araruama (RJ) ficou em 275° (Índice 40,19 de 100)

Esses subindicadores juntos formam um índice que varia de 0 a 100, podendo identificar onde se localiza o município frente a esse tema (o que também acontece para todos os demais ODS no ranqueamento do índice municipal geral), como outros indicadores já renomados como o IDH e o PIB.

Iguaba, Búzios, Arraial e Saquarema tem populações inferiores a 100 mil habitantes e não entraram no estudos.

Os dados ainda apontam que nenhuma cidade brasileira alcançou um índice satisfatório de igualdade de gênero. 

O desempenho das capitais brasileiras revela uma situação desafiadora: a maioria das capitais apresenta índices de igualdade de gênero classificados como “Baixo” ou “Muito Baixo”. Apenas Brasília alcança um indicador “médio”, com 50 pontos.

Segundo as informações do documento, a Amazônia se destaca negativamente, com quase 97% dos municípios apresentando condições extremamente desfavoráveis para as mulheres.

O estudo “Piores Cidades Para Ser Mulher” usou indicadores como:

  • Representatividade política
  • Presença de mulheres que não estudam e nem trabalham
  • Feminicídio
  • Desigualdade salarial
  • Relação entre o perfil econômico das cidades, com especial atenção ao impacto do agronegócio no contexto regional

“Este estudo se apresenta como uma ferramenta para que os novos gestores compreendam as disparidades que ainda persistem identificadas na pesquisa e adotem políticas públicas mais assertivas”.

“Este estudo se apresenta como uma ferramenta para que os novos gestores compreendam as disparidades que ainda persistem identificadas na pesquisa e adotem políticas públicas mais assertivas”

Luciana Sonck, coordenadora executiva do estudo “Piores Cidades Para Ser Mulher”.

Piores cidades

De acordo com os dados, cidades com economias dependentes da agropecuária, com destaque para a Região Norte, apresentam os piores índices de igualdade de gênero. Paranaguá (PR), São Pedro da Aldeia (RJ) e Camaçari (BA) destacam-se como as cidades mais desafiadoras para as mulheres no Brasil.

Quando se trata de política, apesar das candidaturas femininas terem aumentado no país, 96% dos municípios analisados no estudo ainda possuem menos de 30% de mulheres na câmara.

Para 26,6% do total de mulheres jovens que não estudam e nem trabalham, existe uma situação de desigualdade grave na comparação entre homens e mulheres nessas condições.

Sabrina Sá
Fonte referencia: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/brasil/cidade-paranaense-e-apontada-como-a-pior/ Fonte da pesquisa: https://www.piorescidadesparasermulher.com.br/ Instituto da pesquisa: https://www.tewa225.com/ Estudo: https://www.tewa225.com/_files/ugd/343b58_6f572a4ce69f439eaa7ab1f7830d0f07.pdf
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