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Empresa de Araruama é acusada de não repassar pagamento a caminhoneiros que prestaram serviço à Prefeitura de Cabo Frio

Caminhoneiros e operadores de máquinas estiveram no escritório da Pavipremo nesta quinta-feira (13), para cobrar valores em atraso

Em Araruama, proprietários de caminhões que prestam serviço para a Prefeitura de Cabo Frio foram até a empresa que faz essa terceirização para o município cabo-friense, nesta quinta-feira (13). De acordo com a denúncia feita por eles, a Pavipremo foi quem venceu a licitação para esse serviço, mas não paga os donos dos veículos desde abril. 

Na última semana, os caminhoneiros fizeram  um protesto na porta da prefeitura cabo-friense cobrando esses valores vencidos. Na ocasião, eles afirmaram que a empresa contratante não estava efetuando os pagamentos, porque não estava recebendo da prefeitura. Isso os impedia de arcar com os custos do diesel, manutenção dos veículos e até mesmo dos motoristas, que, em alguns casos, são contratados externamente.

Depois da manifestação, a empresa Pavipremo, junto com a Prefeitura de Cabo Frio, se comprometeu em pagar os débitos. De acordo com o relato dos manifestantes, o Governo Municipal pagaria uma quantia de R$ 1 milhão com a condição da empresa Pavipremo quitar os débitos, que corresponde ao mês de abril e 12 dias do mês de maio.

A Prefeitura, então, honrou o compromisso e pagou o valor à Pavipremo, que por sua vez, não cumpriu o acordo e repassou somente uma média de 55% do mês de abril, além de não pagar todos os caminhoneiros “teve gente q não recebeu nada”, diz a denúncia.

Os motoristas, operadores e donos de caminhão tentaram contato com a empresa por diversas vezes, mas não obtiveram retorno. Então eles resolveram ir até o escritório em Araruama.

Segundo Netto, um dos líderes do movimento, a ideia é resolver a questão da melhor forma possível. “Todos trabalharam e tivemos muitas despesas do nosso bolso. Eu mesmo particularmente tive q vender meu carro pra honrar meus compromissos”.

Através de uma ligação, um dos sócios da Pavipremo, identificado como Max Maximino Claudino dos Santos, esbravejou que não vai pagar ninguém e mandou que todos saíssem da sala ou ele chamaria a polícia.

“Aguardamos a polícia chegar, porque todos somos trabalhadores e não bandidos e os Policiais informaram para a recepcionista que não podia fazer nada porque nós não cometemos crime algum, estávamos lá de forma pacífica só querendo ser atendido por alguém para receber nosso dinheiro que é devido. Dessa forma nós iremos continuar lutando pelo nosso direito q é receber… Vamos até o final, judicialmente e se manifestando mais uma vez de forma pacífica seja onde for”, declarou Netto.

Em resposta, a direção da empresa Pavipremo afirmou que repassou tudo o que recebeu da Prefeitura, mas ainda restam cinco notas em aberto que dependem do pagamento do Governo Municipal.

Nome conhecido na região

Segundo os manifestantes, o empresário é conhecido em Araruama por ser “caloteiro”. Há quem diga, inclusive que forneceu muito material para o executivo araruamense na época da pandemia, no governo atual.

O mesmo sócio proprietário que teria chamado a polícia para os trabalhadores, já esteve envolvido em uma polêmica com o governo de Lívia Bello, mas através da empresa AMX COMERCIO E REPRESENTACOES – EIRELI, criada em 2016. Só no ano de 2023, a prefeitura araruamense celebrou contratos no valor de R$ 1.117.200,00 com a empresa.

Em 2020, no auge da pandemia de COVID-19, a prefeitura fechou um contrato de R$4,6 milhões com a AMX. O contrato previa a ministração de oficinas nas unidades escolares e realização de eventos da secretaria de Educação. No entanto, no momento da assinatura do contrato, as aulas e eventos públicos estavam suspensos por conta das medidas sanitárias vigentes.

Cabe ressaltar que não há confirmações sobre o envolvimento de Max Maximino à Pavipremo, esta se encontra cadastrada em nome de Edmar Evangelista Do Nascimento.

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