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sábado, setembro 7, 2024
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Depois de meses, mãe consegue ajuda para filho em Cabo Frio após denúncia na internet

Em conversa ao RC24h, Marcela Gorete relatou que pretende denunciar o caso ao Ministério Público

Marcela Gorete, uma mãe de Cabo Frio, precisou utilizar as redes sociais nesta segunda-feira (4) para obter atenção ao caso de seu filho, que começou a sofrer de casos de epilepsia em abril e, segundo denúncia, não obteve auxílio do município. Conforme relato, o atual governo estaria negligenciando o caso.

De acordo com a denúncia ao RC24h, a criança de apenas três anos, que estudava em uma escola pública, precisou ser afastada por conta da falta de um laudo. Como o município não contava com um neuropediatra à época, a situação do menor foi ainda mais comprometida.

Para que o desenvolvimento da criança não fosse ainda mais prejudicado, Marcela afirma que precisou da ajuda de amigos, familiares e até mesmo de uma rifa para arcar com custos elevados para garantir o diagnóstico e tratamento adequado ao filho. Isto incluiu uma ressonância de R$ 1.480 em Macaé. Além disso, a medicação necessária, não disponível pelo SUS, traz uma despesa mensal ainda maior à família. Vale salientar que Marcela não trabalha para cuidar do pequeno, que continua a necessitar de ajustes na medicação e ainda enfrenta crises.

Ao tentar contato com as autoridades locais, incluindo a Secretaria de Educação e a assessoria da prefeita da cidade, Magdala Furtado (PL), teria sido informada de que o filho teria que aguardar na fila para conseguir uma vaga assim como qualquer outra criança, apesar de já estar matriculado e ter perdido a vaga por falta de laudo médico.

Marcela contou que a médica (particular, já que não consegue tratamento pela prefeitura), teria informado que, para que o tratamento torne-se mais efetivo, é necessário que o filho volte às aulas, para que conviva com crianças da mesma idade.

Então, após o que define como: “gritar, espernear, se humilhar” nas redes sociais, Marcela conseguiu atitudes mais concretas do município. Antes disso, ela conta que tinha até mesmo desistido de conseguir auxílio da saúde pública para o filho.

Marcela conta, ainda, que, quando foi tentar marcar consultas no PAM, uma funcionária teria questionado qual político ela apoiava e que “Magdala que coloca pão na mesa dela”. Ao dizer que não apoia ninguém, teria tido a marcação negada.

Já nesta segunda-feira, após a denúncia nas redes sociais, ela afirma que um servidor da saúde teria entrado em contato e agendado um hemograma completo para a criança, exame que a mãe vinha tentando realizar há meses. Além disso, uma reunião com a Secretaria de Educação foi marcada para discutir a situação da vaga escolar do menino nesta terça-feira (5).

Entretanto, a criança ainda necessita de outros exames, como serviços de psicologia e oftalmologia. Diante da falta de auxílio e “descaso” do município, Marcela, que solicitou auxílio à Defensoria Pública em relação à educação, planeja denunciar o caso ao Ministério Público. Ela também pretende realizar um boletim de ocorrência.

O RC24h entrou em contato com a prefeitura, questionando sobre o caso. Em relação à saúde do menor, o município esclareceu que “o paciente citado tem consulta com neuropediatra agendada para 18 de dezembro, às 9h, na Casa da Criança, que fica localizada no Jardim Esperança”.

Também pontuou que, “o paciente passou por consulta médica, para encaminhamento para a especialidade, em 10 de outubro de 2023, após o primeiro episódio de epilepsia, registrado em abril do mesmo ano”.

Além disso, a prefeitura esclareceu que passou a contar com a especialidade de neuropediatria apenas em setembro, e que os pacientes têm sido pelo SUS. O município não respondeu em relação à demanda da educação.

Confira a nota completa:

“A Prefeitura de Cabo Frio informa que o paciente citado tem consulta com neuropediatra agendada para 18 de dezembro, às 9h, na Casa da Criança, que fica localizada no Jardim Esperança. Informa ainda que o paciente passou por consulta médica, para encaminhamento para a especialidade, em 10 de outubro de 2023, após o primeiro episódio de epilepsia, registrado em abril do mesmo ano.

O município passou a contar com a especialidade de neuropediatria no mês de setembro e, desde então, os pacientes têm sido atendidos seguindo os princípios do SUS, universalidade, equidade e integralidade, agendando os pacientes de acordo com a prioridade e de forma cronológica. A Secretaria Municipal de Saúde reforça que não deixou o paciente desassistido, a equipe de regulação já entrou em contato com a mãe da criança, para prestar todos os esclarecimentos e informar sobre as datas dos agendamentos”.

Redação
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