Na última semana, o Portal RC24h recebeu uma denúncia sobre um suposto caso de negligência médica no Hospital da Mulher, em Cabo Frio. Segundo familiares, uma paciente de 18 anos ficou internada por cinco dias com um feto de sete meses morto no ventre, sem que fosse realizada uma cesárea de emergência. Eles afirmam que os médicos estariam ‘forçando’, através de remédios, o parto normal.
De acordo com o relato, a paciente foi internada na terça-feira (4), após a constatação da ausência de movimentos fetais. A partir daí, a equipe médica iniciou um processo de indução do parto normal, ministrando comprimidos para induzir o aborto. Contudo, a paciente não conseguia expelir o feto.
Diante da gravidade da denúncia, a equipe de reportagem do RC24h foi até a unidade, na última sexta-feira (7), e conversou com o marido. Ele, que optou por não se identificar, descreveu a situação com preocupação: “Minha esposa está desde segunda-feira (3) aqui, ficou internada desde terça (4). Ela perdeu o neném que estava de sete meses. E aí eles começaram a aplicar remédio nela (…) Eles não queriam fazer o parto, diziam que tinha que esperar fazer normal. Com a chegada de vocês, eles tomaram providência e vão fazer a cesárea”.
Conforme a família, o estado de saúde da paciente era grave e a cirurgia foi realizada no início da tarde do último sábado (8). Ela teve alta nesta segunda-feira (10).
O RC24h entrou em contato com a prefeitura da cidade, que afirmou que a unidade estava seguindo o protocolo médico para casos de óbito fetal. Confira a nota na íntegra:
“A Prefeitura de Cabo Frio informa que está seguindo o protocolo médico determinado para casos de óbito fetal. De acordo com a equipe médica da Secretaria de Saúde, a paciente deu entrada no Hospital da Mulher na noite desta terça-feira (4) relatando redução total dos movimentos do bebê de 28 semanas e aproximadamente 700 gramas. Imediatamente, a gestante foi acolhida e recebeu o atendimento necessário. Ela passou por exames que constataram ausência de batimento cardíaco. Nesses casos, a conduta médica é a indução do parto normal por meio de medicamentos. Caso não ocorra em 48 horas após medicada, se opta pelo procedimento cirúrgico. A situação foi claramente esclarecida aos familiares e à paciente. Além de todo acolhimento neste momento tão delicado, a equipe médica ainda está investigando a causa do óbito fetal”.
Confira a reportagem exclusiva do Portal RC24h:
Ludmila Lopes
Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.
É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.