O Brasil passou por dois períodos de ditadura cívico-militar que jamais devem ser motivos de orgulho. Entre 1930 e 1945, Getúlio Vargas instituiu um Estado de Sítio sob a justificativa de uma ameaça comunista. Elaborou uma Constituição sem qualquer direito político, perseguiu líderes como Luis Carlos Prestes e Olga Benário, sendo esta deportada aos campos de concentração na Alemanha, onde foi assassinada.
Já entre 1964 e 1979, sob a mesma justificativa de uma ameaça comunista, o governo de João Goulart foi interrompido com apoio de setores civis e políticos eleitos. Esperava-se um retorno rápido para a democracia, mas os militares tomaram as rédeas do golpe e instituíram o Ato Institucional número 1, alternando no poder durante quinze anos. O Estado de Sítio também estava presente, retirando o poder de governadores e prefeitos e concentrando no ‘presidente’. Pessoas foram perseguidas, torturadas e mortas. Tal como hoje, grupos insistiram em uma ameaça comunista inexistente.
A democracia representativa pode ter falhas, mas é a única que legitima a vontade geral de uma nação, mesmo que essa vontade eleja presidentes que comemoram uma ditadura.
*Davi Souza é empresário, vereador pelo PDT e líder de governo na Câmara de Cabo Frio
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.