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CEO da Alphabets foge com R$ 10 milhões de vítimas e curte Fernando de Noronha

Na última semana, o 'playboy das pirâmides', como ficou conhecido, foi filmado curtindo férias num dos destinos mais caros do país. Trader usava a lábia para atrair pessoas dispostas a investir fortunas em seu negócio

Quando simplesmente fechou as portas e encerrou as atividades, a empresa de investimentos Alphabets, especializada em apostas esportivas, deixou um rastro de prejuízos avaliados em, pelo menos, R$ 10 milhões. A fortuna teria sido embolsada pelo homem que se apresentava como CEO da empresa, Rogério Cruz Guapindaia, e a companheira dele, Thays Maria de Andrade.

Na última semana, o “playboy das pirâmides”, como ficou conhecido, foi filmado curtindo férias em Fernando de Noronha (PE), um dos destinos mais caros do país. O trader usava a lábia para atrair pessoas dispostas a investir fortunas em seu negócio.

Para isso, ele esbanjava e ostentava nas redes sociais, garantindo que o sucesso era fruto de uma plataforma desenvolvida por ele. A empresa operava em Cabo Frio, que ficou conhecida como ‘Novo Egito’.

Fora da realidade financeira mundial, em seu site, a Alphabets se apresenta como “o primeiro robô de operações esportivas do Brasil”. A plataforma prometia lucros de 1,2% a 3,2% ao dia, de segunda-feira a sábado. Ainda de acordo com o site, a empresa fornecia um “software gratuito de alta performance objetivando lucros e renda no mercado de apostas esportivas”.

Para começar a apostar, é preciso escolher uma modalidade de licença: são oito disponíveis, com valores que variam de R$ 100 a R$ 100 mil.

Jogador de futebol

No site da Alphabets, Rogério diz que sua trajetória profissional foi “de jogador de futebol, corretor de imóveis a gerente de restaurante”, até se “encontrar como trader esportivo e investidor do mercado de apostas”. O golpista conta que conheceu o mercado de apostas perdendo dinheiro, até “ver uma oportunidade e perceber o mercado de uma maneira diferente, como investimento”.

De acordo com a biografia disponível no site, Rogério atua como trader em quatro bancas em operação e mais de 500 alunos. Ele garante que pode fazer o dinheiro “render como nenhum outro investimento” por meio do “robô de operações esportivas”. Com essa roupagem, o esquema amealhou centenas de clientes, que investiram pesado na promessa de rentabilidade.

Uma das vítimas afirmou que perdeu R$ 117,4 mil após acreditar no sistema de investimento. “No início, os pagamentos eram corretos e valia a pena. Levei o meu marido para o negócio, que acabou explodindo e deixando pelo menos 200 mil pessoas no prejuízo ao redor do país”, lamentou.

Preso por tráfico

O CEO da Alphabets foi condenado, em 2017, por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. Rogério foi preso em flagrante, em outubro de 2016, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Natal, no Rio Grande do Norte, com 3kg de ecstasy na mala.

O voo era proveniente de Portugal, e ele estava acompanhado de uma mulher paga para acompanhá-lo com o objetivo de tornar o transporte das drogas menos suspeito. O playboy das pirâmides foi condenado a 11 anos, 4 meses e 9 dias de reclusão. Ele cumpre a pena em liberdade provisória.

A defesa de Rogério Cruz ainda não foi localizada, mas o Portal RC24h está aberto para manifestação.

*Com informações do site Metrópoles

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