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22/11/2024 — 18:35
  (Horário de Brasília)

Casal trader é acusado de golpe da pirâmide financeira na Região dos Lagos

Morador de São Pedro da Aldeia relata promessas não cumpridas de retorno financeiro após investimento com Rodrigo Mendes da Silva e a companheira Vitória Lemos visando operações que prometiam retornos mensais de 10%

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Um morador de São Pedro da Aldeia, que preferiu manter a identidade em sigilo, denunciou um possível esquema de pirâmide financeira envolvendo operações de “day trade”. Segundo o denunciante, ele celebrou um contrato, em 15 de junho de 2022, com Rodrigo Mendes da Silva e a companheira Vitória Lemos Peranzetta Dias Torres, ambos moradores da Região dos Lagos, visando operações financeiras que prometiam retornos mensais de 10%.

Segundo o denunciante, no início do contrato, o valor era pago normalmente. Porém, após seis meses da assinatura do contrato, o casal bloqueou o aldeense nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, deixando de cumprir com o pagamento acordado e se recusando a fornecer informações sobre as operações financeiras. Além disso, eles teriam mudado de endereço.

O investidor denunciante destacou que, apesar das preocupações iniciais com os riscos do investimento e das recentes ocorrências de pirâmides financeiras na Região dos Lagos, ele foi persuadido por Rodrigo, que assegurou que o negócio estava seguro devido à amizade e proximidade entre as partes. O trader teria garantido que jamais deixaria o investidor em prejuízo, alegando que ele próprio operava nas plataformas de trader.

Acreditando nas garantias e na relação de confiança, o investidor conseguiu um empréstimo de R$50 mil, transferindo posteriormente o valor para a conta de Vitória Lemos. No entanto, após exaustivas tentativas de contato e sem obter respostas satisfatórias, ele suspeita ter sido vítima de um esquema de pirâmide financeira e está buscando medidas legais para responsabilizar os autores.

De acordo com informações apuradas, ao menos outras dez pessoas teriam investido nos mesmos moldes com Rodrigo e Vitória, enfrentando dificuldades em obter informações sobre o destino dos investimentos ao procurar o casal.

Procurado pelo Portal RC24h para esclarecer as alegações, Rodrigo Mendes se defendeu afirmando que o modelo de negócios não envolve garantias de retorno mensal. Ele detalhou que oferece um serviço de “Cop Trader”, onde os investidores criam contas próprias em corretoras e autorizam a cópia das operações. Rodrigo enfatizou os riscos inerentes ao mercado financeiro e ressaltou que os investidores assumem as próprias responsabilidades.

“Eu tenho um programa que copia as minhas operações na conta da pessoa, mas que não é certo de ganhar. Muitas das vezes o mercado pega um mês ruim, acaba perdendo dinheiro, porque hoje em dia as pessoas investem e só querem ganhar. Mas existe o risco do mercado, como também ter risco para ela. Se é o meu resultado na conta dela, também é risco para mim e eu acabo perdendo junto. Então, não é que a pessoa investiu capital comigo. Não é esse tipo de investimento que eu trabalho. Todo o capital é na conta dela, tudo é feito na conta dela”, alegou o trader.

Em contrapartida, o denunciante afirmou à reportagem que os investidores não tinham acesso às operações realizadas por Rodrigo e que tudo era realizado “na conta dele mesmo”. O acordo era “10% ao mês e o capital de volta”.

Também procurada pelo RC24h, Vitória Lemos não respondeu aos questionamentos.

MTb 0022570/MG | Coordenadora de Reportagem  Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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