Uma ex-funcionária da loja Kalunga, localizada no Shopping Park Lagos, em Cabo Frio, denuncia ter sido agredida por uma cliente durante o expediente. O caso, que voltou a repercutir após a audiência judicial realizada recentemente, teria começado por um desentendimento envolvendo R$ 0,20 de troco.
A jovem Fabiany Nascimento, de 20 anos, contou que o episódio teve início por conta da falta de moedas na loja. “A gente estava com problema com troco. Perguntei se ela tinha alguma moeda pra facilitar, ela me deu uma, mas não ajudava. Devolvi e perguntei se poderia deixar faltar 20 centavos. Foi quando ela se exaltou, começou a discutir e a confusão começou”, relatou.
De acordo com Fabiany, a situação saiu do controle e terminou em agressão física. Câmeras de segurança registraram o momento em que a cliente se exalta, bate na funcionária e puxa o uniforme dela. Após o ocorrido, Fabiany, a agressora e uma gerente foram levadas à delegacia para prestar depoimento.
Conforme testemunhas, a acusada ainda falou aos seguranças que ela que tinha sido agredida.
A audiência do caso ocorreu na última segunda-feira (3). Segundo a jovem, a defesa da agressora teria oferecido R$ 300 para encerrar o processo — proposta recusada por ela. “Não aceitei porque R$ 300 não valem o transtorno e a ansiedade que isso me causou”, afirmou. A decisão da Justiça determinou que a cliente pagasse R$ 1 mil a uma instituição de caridade, sem indenização direta à vítima.
Fabiany diz ainda que não recebeu suporte psicológico nem acompanhamento da empresa após o episódio. “No dia seguinte, eu tive que trabalhar normalmente, como se nada tivesse acontecido. Eu chorava no caixa, porque não conseguia agir como se fosse um dia comum. Eu não tinha condições de pagar um psicólogo, e a empresa também não me ofereceu ajuda”, relatou.
Segundo ela, as consequências emocionais da agressão afetaram seu desempenho profissional. “Comecei a ficar muito ansiosa, e eles perceberam que eu não estava mais como antes. Depois de um tempo, fui demitida sem justa causa. De certa forma, eu já não conseguia mais me encaixar ali”, disse.
O espaço segue aberto para manifestação da Kalunga, que foi procurada para comentar o caso.





