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Cabo da PM Gerson de Paula é alvo de mais uma investigação de estupro em Saquarema

Com repercussão e prisão de acusado, outra jovem procurou a 124ªDP, que já vinha investigando o caso. Mulher diz ter sido vítima do policial mais de uma vez

Mais uma vítima procurou a 124ª Delegacia Policial, em Saquarema, para denunciar o suposto envolvimento do cabo da Polícia Militar Gerson de Paula em outro caso de estupro. O cabo da PM foi preso na manhã desta segunda-feira (1º) após ter sido denunciado por estuprar uma jovem durante abordagem policial.

De acordo com informações, o ‘novo’ caso foi registrado no mês passado e o novo depoimento aconteceu na manhã desta quarta-feira (3) na delegacia de Saquarema, que já vinha investigando o crime, que teria acontecido em dezembro de 2022 e em março deste ano.. A apuração da PM ligou os dois casos pelas semelhanças em que elas aconteceram.

Conforme o advogado Jefferson Barros, a jovem foi vítima do cabo por duas vezes, em um curto intervalo de tempo. A jovem é moradora de Jaconé e o estupro teria acontecido durante buscas por drogas na casa dela. O advogado diz que o policial chegou a procurar a vítima uma terceira vez, mas ela havia mudado do local, por medo.

“Na terceira vez que poderia ter acontecido, ele ainda tomou o telefone de um dos parentes pra tomar ciência do número de telefone dela e ainda ficou ligando pra ela, passando mensagens e ameaçando dizendo que se ela procurasse as autoridades policiais ele iria matá-la. Depois que ele foi preso ela se sentiu um pouco mais aliviada e mais a vontade pra poder trazer justiça pra ela”, disse o advogado em entrevista ao G1.

Segundo a Delegacia de Saquarema, a vítima chegou a registrar a segunda vez que foi estuprada, mas não identificou o autor por medo.

Com as investigações em curso, a equipe da 124ª DP, coordenada pelo delegado André Bueno, observou o modus operandi do policial, ligou um caso ao outro e chamou novamente a vítima para prestar depoimento. As fotos dos quatro policiais presos pelo caso anterior foram apresentadas à jovem, mas apenas De Paula foi reconhecido.

O depoimento ainda apontou a presença de outros policiais no primeiro abuso, mas estes não foram identificados. De acordo com a vítima, em uma ocasião, colegas de farda chegaram a falar “vamos embora que isso vai dar merda”.

Com informações do G1.

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