A atriz e cantora francesa Brigitte Bardot morreu aos 91 anos, informou neste domingo (28) a fundação que leva seu nome. A causa da morte, assim como o local e o horário do falecimento, não foram divulgados. Ícone do cinema mundial e da cultura do século 20, Bardot deixa um legado que vai além das telasm incluindo uma ligação histórica com o Brasil, especialmente com Armação dos Búzios.
Em comunicado, a Fundação Brigitte Bardot anunciou a morte de sua fundadora e presidente, destacando que a artista abandonou uma carreira de enorme prestígio para dedicar a vida à defesa dos animais e às atividades da instituição criada por ela.
Nascida em Paris, em 28 de setembro de 1934, Brigitte Anne-Marie Bardot teve formação em balé clássico no Conservatório Nacional de Música e Dança. Ainda adolescente, passou a estampar capas de revistas de moda, como a Elle, antes de estrear no cinema em 1952. A consagração mundial veio em 1956, com o filme E Deus Criou a Mulher, dirigido por Roger Vadim, seu então marido. A obra, considerada ousada para a época, projetou Bardot como símbolo de liberdade feminina e marcou definitivamente sua imagem pública.
Ao longo da carreira, atuou em mais de 45 filmes e gravou cerca de 70 músicas. Tornou-se referência estética e cultural, influenciando gerações com seu estilo, sua postura e sua forma de desafiar padrões conservadores.
A ligação com Búzios
Em 1964, Brigitte Bardot teve papel fundamental na transformação de Armação dos Búzios em um destino turístico de projeção nacional e internacional. Naquele ano, quando o local ainda era distrito de Cabo Frio, a atriz visitou a cidade duas vezes. A primeira foi em janeiro, quando permaneceu cerca de quatro meses hospedada em Manguinhos, ao lado do então namorado, o produtor Bob Zagury. A segunda ocorreu em dezembro, já sob intensa atenção da imprensa.
Segundo pesquisadores e empresários locais, Bardot chegou ao Brasil em busca de tranquilidade e encontrou em Búzios um refúgio simples, ainda sem estrutura turística e com poucos estabelecimentos comerciais. A presença da atriz atraiu jornalistas, fotógrafos e visitantes estrangeiros, despertando interesse internacional pela região.
A partir desse período, surgiram as primeiras pousadas e teve início o desenvolvimento da economia baseada no turismo. Especialistas apontam que foi nesse momento que Búzios passou a integrar o circuito turístico mundial, consolidando-se, anos depois, como um dos destinos mais visitados do Brasil.
Mesmo vivendo de forma discreta durante a estadia, frequentando praias e convivendo com moradores locais, Bardot deixou uma marca permanente na história da cidade. Ela nunca mais retornou ao município, mas foi homenageada com a Orla Bardot e uma estátua de bronze à beira-mar, que se tornaram pontos turísticos e símbolos da cidade.
Vida pessoal e ativismo
Brigitte Bardot teve quatro casamentos e um filho, Nicolas-Jacques, com quem manteve uma relação distante por décadas. Após se aposentar do cinema, em 1973, aos 39 anos, passou a dedicar integralmente sua vida à causa animal, fundando, em 1986, a Fundação Brigitte Bardot, voltada ao resgate, proteção e campanhas de conscientização.
Embora sua trajetória humanitária tenha sido amplamente reconhecida, Bardot também esteve envolvida em polêmicas ao longo dos anos, especialmente por declarações políticas e condenações judiciais na França, o que reacendeu debates sobre sua figura pública.
Ainda assim, sua importância histórica permanece incontestável. Para Búzios, em especial, Brigitte Bardot segue sendo um nome diretamente ligado à identidade e à projeção internacional da cidade, um legado que continua atraindo visitantes mais de seis décadas depois de sua passagem pela Região dos Lagos.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.






