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sábado, setembro 7, 2024
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Aves gigantes, comuns no Sul do Brasil, são encontradas na Região dos Lagos

Duas aves da espécie Petrel-gigante-do-sul estão em tratamento no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz

O aparecimento de várias espécies de aves marinhas na Região dos Lagos tem sido frequente. Nesta semana, órgãos de monitoramento divulgaram que alguns petréis, aves comuns em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, também estão sendo observados por aqui.

No Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz, que desde junho executa o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) em Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo, duas aves da espécie estão em tratamento. Elas foram resgatadas em Saquarema e Arraial e chamam a atenção pelos exóticos tubos nasais, fundamentais para garantir uma alta eficiência olfativa enquanto buscam alimentos em meio às amplas extensões oceânicas.

Segundo a médica veterinária Daphne Goldberg, responsável Técnica do Instituto Albatroz, durante o inverno austral, que se estende de junho a setembro, essa ave realiza movimentações sazonais, afastando-se das áreas reprodutivas. Durante este período, elas seguem em direção às águas subtropicais e temperadas, incluindo a costa brasileira.

A espécie

Petréis são aves marinhas migratórias e pertencem à ordem Procellariformes (do latim procela, tempestade), que inclui também os albatrozes. Estas aves passam a maioria da vida pelo oceano aberto buscando alimento, voando sobre a água ou pousando nela. Visitam costas ou ilhas apenas para se reproduzir e cuidar do filhote.

Esse animal diferencia-se dos albatrozes, em especial, por conta do posicionamento dos tubos nasais que, nos petréis, apresentam-se envoltas em um tubo na parte superior do bico, enquanto em albatrozes se encontram nas laterais do bico. Ambos os grupos necessitam de uma alta eficiência olfativa para encontrarem alimentos em amplas extensões oceânicas.

Além disso, as aves dessa espécie que está em reabilitação no Instituto Albatroz podem ter 2 metros de envergadura de asas – e pelas suas adaptabilidades ecológicas, que lhes permitem sobreviver em condições extremas no hemisfério sul. E é notavelmente competitiva, tanto em relação a outros petréis quanto a aves de outras espécies. Esse comportamento é frequentemente observado durante a alimentação, onde disputam ferozmente as carcaças e os descartes de pesca, entre outros recursos alimentares.

Além dos pétreis, os pinguins

Desde o início das atividades, a instituição já recolheu 73 animais, sendo 28 vivos e 45 mortos. Deste total, 20 são pinguins, frequentes nesse período do ano, que pertencem à espécie Spheniscus magellanicus, conhecidos popularmente como pinguins-de-Magalhães.

Eles migram da Patagônia em busca de alimento e águas mais quentes. Devido ao longo percurso, alguns acabam encalhando nas praias por conta da exaustão. Fracos e debilitados, chegam também com muito frio (hipotérmicos), necessitando de cuidados adequados.

O que fazer ao avistar um pinguim

  • Caso o animal esteja nadando, não o retire da água e nem o encurrale. Ele pode estar apenas descansando mais perto da faixa de areia
  • Se estiver na areia, não o devolva ao mar
  • Não alimente
  • Não o coloque no gelo ou em balde com água, eles estão com frio
  • Acione imediatamente a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias através do telefone 0800 991-4800 – a mesma recomendação vale ao avistar outros animais marinhos na faixa de areia, vivos ou mortos.
Kauã Barreto
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