Sinalização municipal em uma cachoeira no distrito de Sampaio Corrêa afirma que no local está “proibido culto religiosos”.
Nesta semana, praticantes da Associação Afro Saquá usaram as redes sociais para a demonstração de insatisfação e acusação de intolerância religiosa em Saquarema. Recentemente, a Prefeitura Municipal de Saquarema adicionou uma placa de conscientização em uma cachoeira, no distrito de Sampaio Corrêa, em um dos itens se encontra escrito “proibido culto religiosos”. Os participantes das casas de Matrizes Africanas afirmam que o fato é intolerância religiosa.
“Proibir culto religioso em águas sagradas, praias e cachoeiras é inconstitucional. Nós temos uma cartilha de preservação da natureza e orientação ao nosso povo de Axé”, disse Sergio.
De acordo com Sergio Araújo, responsável pelo movimento, tudo começou com ataques de populares aos participantes há alguns meses. O grupo entrou com uma ação no Ministério Público e Boletim de Ocorrência para resolução do caso, a audiência será no final do mês.
A Prefeitura Municipal de Saquarema informou: “Em relação às placas, as mesmas estão sendo substituídas, já que houve erro material (erro na confecção das placas). Novo material já está sendo produzido com as informações corretas.
Pedestres e trilheiros podem ter acesso ao local, caminhando. A área em questão é privada e de preservação ambiental, o que pressupõe medidas de cuidado com a natureza e certo controle no acesso.
A Prefeitura de Saquarema sempre está disposta a dialogar com representantes de qualquer credo, seita, denominação, movimento ou corrente religiosa, mantendo a posição do laicismo e observando todos os direitos e deveres de todos os membros da sociedade. Representantes do grupo Afro Saquá foram convidados para uma reunião com o objetivo de chegar a um consenso sobre o tema.”
- Com informações de Saquarema da Informação