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25/11/2024 — 16:33
  (Horário de Brasília)

Às vésperas da eleição, Psol ingressa com ação contra Lívia Bello, Russo, Raiana e Chiquinho da Educação

Denúncia aponta que recursos destinados à CEPERJ e à Casa do Trabalhador foram fatiados por uma organização composta pelos candidatos a Deputado Estadual e Deputado Federal, apoiados pela Prefeita e pelo marido dela

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Faltando menos de 24 horas para as eleições de 2022, onde eleitores escolherão seus representantes para os cargos de Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Governador e Presidente da República, o Psol protocolou uma ação na justiça acusando a Prefeita de Araruama, Lívia de Chiquinho (PP), o marido dela Chiquinho da Educação (UNIÃO), Raiana de Chiquinho (PSD), que é vice-prefeita e candidata a deputada Estadual, o vereador Russo (Podemos), candidato a Deputado Federal, além de Lucas da Silva Gomes, conhecido como Lukinhas e Maria Ignês Gomes, mãe dele.

Segundo a ação, o grupo comete abuso de poder econômico e político, entre outros crimes eleitorais utilizando recursos do CEPERJ (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos) em Araruama para mobilizar cabos eleitorais a favor da campanha de Russo e de Raiana. De acordo com a investigação, os recursos destinados à Casa do Trabalhador foram fatiados pela organização. Com provas bem formatadas, ação pode trazer grande repercussão no cenário estadual às vésperas das eleições.

Segundo foi apurado, ao menos quatro candidatos a deputado estadual e federal exerceriam influência em unidades do programa Casa do Trabalhador, que tem a maior quantidade de cargos secretos —funcionários contratados sem qualquer transparência— na gestão do governador do Rio, Cláudio Castro (PL). Eles seriam aliados do secretário estadual de Trabalho, Patrique Welber, e filiados ao Podemos, partido do qual o titular da pasta é presidente estadual.

O que o Ministério Público verificou é que os recursos para o projeto seriam transferidos da pasta para a Ceperj, que não divulga os nomes dos funcionários contratados, muito menos emite contracheque, mas os salários são sacados na boca do caixa, no Banco Bradesco. Estes valores seriam destinados ao financiamento das campanhas eleitorais dos padrinhos do projeto.

Em Araruama, o nome do padrinho da Casa do Trabalhador seria Carlos Alberto Siqueira da Silva, o Russo, que teria indicado para a coordenação do “projeto” Maria Ignes Gomes, a mãe de seu sócio Lukinhas.

Na época, pela suas redes sociais, o ex presidente da Câmara dos Vereadores do município, atual Vereador, convidou a comunidade para a inauguração da Casa do Trabalhador, que ocorreu com a presença do governador, da prefeita de Araruama, Lívia de Chiquinho e do seu marido o também na época pré-Candidato à Deputado Estadual, Chiquinho da Educação. Aliás, quem muito colaborou com a divulgação do evento, foi a própria gestora da Cidade, que hoje, ao lado de seu Primeiro Cavalheiro, é a principal cabo eleitoral de Russo. Ela escreveu na sua rede social: “Uma noite memorável, parabéns pelo empenho em trazer essa joia para nossa cidade”.

O documento aponta ainda que, somente nesse ano de 2022, foram usados mais de R$200 milhões que, se não fosse interrompida a fraude, poderiam chegar a mais de meio bilhão de reais de recursos próprios do estado, que poderiam ser destinados à saúde, educação e infraestrutura, desviados para a compra de apoio político em ano eleitoral.

Redação
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