Cozinheiras terceirizadas do Colégio Municipal Paulo Freire, em Búzios, protestaram em frente à sede da Prefeitura nesta quinta-feira (17). O ato foi motivado pela demissão de funcionárias após uma paralisação feita no início da semana para reivindicar salários atrasados. As dispensas ocorreram no dia seguinte à mobilização.
O ato reuniu também alunos da escola, que expressaram apoio às profissionais e repudiaram a demissão em publicações nas redes sociais. “Isso é uma injustiça com profissionais que sempre nos trataram com carinho e dignidade”, diz trecho de nota divulgada por estudantes. Um abaixo-assinado foi lançado pedindo a reintegração das trabalhadoras.
A medida gerou repercussão também no Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos).
O sindicato cobrou a reintegração imediata das profissionais e denunciou o que considera perseguição por parte da empresa terceirizada AMX. Em nota, o Sepe apontou ainda um histórico de problemas da empresa na Região dos Lagos, mesmo com contratos milionários firmados com prefeituras.
Procurada pelo Portal RC24h, a prefeitura de Búzios enviou nota afirmando que a responsabilidade sobre a demissão é da empresa terceirizada, e que a gestão municipal não teve envolvimento na decisão.
Confira abaixo a íntegra da nota:
“A Prefeitura de Búzios informa que os serviços de alimentação escolar na rede municipal são prestados pela empresa terceirizada AMX, contratada por meio de processo licitatório, conforme determina a legislação vigente.
O pagamento para a empresa responsável foi processado conforme os trâmites administrativos internos. É de responsabilidade da empresa contratada o cumprimento dos pagamentos de salários de seus funcionários. A contratada possui total autonomia sobre seu quadro de funcionários e a Prefeitura não tem nenhuma interferência nessa questões.
Diante das recentes informações sobre a dispensa de quatro funcionárias, esclarecemos que essa decisão partiu unicamente da empresa AMX, sem qualquer determinação da Administração Municipal.
A prefeitura segue acompanhando o caso e espera que a empresa adote as medidas necessárias para garantir a continuidade e a qualidade do serviço prestado à comunidade escolar”.
Com informações de Fonte Certa.
Ludmila Lopes
Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.
Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).
