O episódio em que um caixão quebrou no meio de um enterro por conta de uma cova estreita demais no cemitério municipal de São Pedro da Aldeia na segunda-feira (22) trouxe de volta ao debate os indícios de colapso funerário vivido pela cidade.
Pressionada por uma solução, a Prefeitura emitiu nota nesta quarta (24) informando que vai começar a obra de um novo cemitério. O prefeito, Fábio do Pastel (PL), disse que a construção começa dentro de dois meses, ou seja, até janeiro de 2022.
Segundo a Comunicação, a Prefeitura está com um “processo emergencial está em andamento para a construção de módulos verticais de gavetas em um novo cemitério municipal, no bairro Retiro”.
Ainda segundo a administração municipal, um cemitério particular conveniado à prefeitura está em fase de construção. O espaço destinará áreas de enterro para uso do município.
Problema antigo
A questão da alta demanda do cemitério municipal é antiga em São Pedro da Aldeia e foi agravada pela pandemia da COVID-19. O espaço atual tem mais de 400 anos e, segundo a Prefeitura, “não acompanhou o crescimento da cidade nem mesmo recebeu as manutenções e ampliações necessárias pelas gestões anteriores”.
Uma das principais criticas ao Governo nesse sentido é justamente que, mesmo com a iminência do aumento de mortes no município em decorrência da Pandemia, chama a atenção a falta de ações governamentais para resolver um problema tão datado.
Sobre o caso em específico no enterro de Osmar Leal, “a atual gestão lamenta mais uma vez o ocorrido e ressalta que está trabalhando para atender à população aldeense com a qualidade e o respeito que merece”.
Relembre o caso
Em um evento considerado triste e bizarro, o caixão com o corpo de Osmar Leal quebrou por não caber em uma cova do cemitério de São Pedro da Aldeia na segunda-feira (22).
O caso repercutiu em toda Região dos Lagos e até no estado. Além das redes sociais, o jornal O Dia chegou a publicar matéria sobre o assunto, mostrando o desabafo da filha do falecido, Milena Pereira, que deu entrevista a Inter TV.
Na terça (23), o prefeito aldeense se manifestou na rede social, lamentou o que aconteceu e disse que outro cemitério começará a ser construído dentro de dois meses.
Segundo a Prefeitura, foi aberta uma sindicância para apurar o caso.