A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai analisar nesta segunda-feira (26) os pedidos de importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V feitos por estados e municípios.
A agência vai realizar uma reunião extraordinária de sua diretoria para atender a previsão legal e à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 30 dias para análise desses pedidos.
O STF decidiu, semana passada, que a Anvisa terá até o dia 30 de abril para autorizar a importação da vacina russa Sputnik V pelos estados do Ceará, Amapá e Piauí. O ministro Ricardo Lewandowski, responsável pela ação, já havia dado a mesma decisão ao Maranhão.
Se a Anvisa ultrapassasse este prazo, os estados poderiam comprar e distribuir as vacinas importadas, assumindo a responsabilidade e observando as cautelas e recomendações dos fabricantes e autoridades médicas.
Os estados do Nordeste acertaram a compra de mais de 5 milhões de doses da vacina Sputnik V produzidas pelo Instituto Gamaleya da Rússia. O primeiro lote das vacinas estava previsto para ser entregue ainda em abril.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações informou que, na última sexta (23), a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança deu início à análise dos dados apresentados pelo laboratório União Química para liberação comercial da vacina Sputnik V no país.
A Comissão Técnica solicitou a apresentação de dados complementares sobre a vacina russa, inclusive sigilosos e de interesse comercial, para dar continuidade na liberação da vacina.
A Sputnik V é uma das vacinas negociadas pelo Ministério da Saúde e já está incluída no cronograma, com previsão de entrega ainda no mês de abril.
O governo federal comprou 10 milhões de doses, e espera 400 mil até o final de abril, 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões em junho. Além da União, governos de pelo menos nove estados também negociaram compras do imunizante.
Na Baixada Litorânea, todos os municípios – de Macaé a Maricá, também negociaram.
*Com informações da Agência Brasil