Alunos do curso de enfermagem do Centro Politécnico Rosane Tito (CPRT), em Tamoios, no segundo distrito de Cabo Frio, estão enfrentando problemas com a instituição após descobrirem que o curso não é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com relatos, além de serem enganados sobre o reconhecimento no ato da inscrição, a unidade está dificultando a entrega de diplomas e certificados prometidos, além de documentos necessários para a transferência para outros cursos.
“Somos três turmas. Quando nos matriculamos, fomos informados que o curso era reconhecido pelo MEC e pelo Sistec. No entanto, descobrimos que isso não era verdade após uma denúncia feita na internet”, disse uma aluna que prefere não se identificar.
O CPRT é administrado pela pré-candidata a vereadora Rosane Tito e oferece cursos na área da saúde, como enfermagem, ambulatório, imobilização, auxiliar de saúde bucal, entre outros. Segundo a denúncia, além da falta de reconhecimento pelas instituições de ensino, os alunos que querem mudar de centro de formação estão com dificuldades a ter acesso ao histórico escolar e enfrentam recusa da escola em fornecer a documentação necessária para a regularização profissional.
“Os alunos não estão conseguindo se formar, não estão conseguindo ter o acesso ao histórico. Ela está negando dar o nosso histórico, tanto assinado ou não assinado por ela. Fizemos uma reunião, fomos lá tentar pegar o nosso histórico, fomos barrados pela advogada dela”, disse a denunciante.
“Ela não está querendo entregar documentação do pessoal para o pessoal não ter que sair de lá, porque para eles saírem e reaproveitaram o que estudaram, precisa do histórico”, contou outra testemunha.
Apesar do valor alto, com mensalidades em torno de R$ 300, os alunos ainda correm risco de não conseguirem validar o curso, por ele não ser reconhecido pelas instituições educacionais, e terem perdido tempo e o dinheiro investido.
“Mesmo retirando, a gente não vai conseguir colocar o nosso histórico em lugar nenhum. Tem gente que já está faltando um mês para se formar. A minha turma, a gente tem seis meses pagando, e não é um curso barato, tem gente que paga 300, 350, não é um curso barato”, afirmou.
Segundo os alunos, as promessas de entrega da certificação foram adiadas diversas vezes, com a instituição culpando a burocracia ou alegando perda de documentos como justificativa para o atraso. A situação se complica quando eles buscam a proprietária para cobrar respostas.
“Fora a gritaria que ela fez contra os alunos, sabe? Foi uma coisa horrível, uma cena horrível. Ela fez um descaso quando os alunos foram lá cobrar ela. Ela xingou, informando que ela já tinha o COREN dela. Falando que ia chamar advogado, que não tinha obrigação de liberar histórico nenhum. Claro que ela tem. O histórico é direito nosso”, completou.
Os alunos lesados estão se unindo para e levar o caso à Justiça. Já Rosane afirma que tudo não passa de politicagem. Até o encerramento da matéria, ela não enviou mais nenhum retorno, mas o espaço segue aberto para o posicionamento.