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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Saúde de Maricá oferece DIU hormonal e implante anticoncepcional

Município é um dos poucos no país a disponibilizar, sem custos, os dois métodos que evitam a gravidez. As pessoas interessadas devem procurar a sua Unidade de Saúde da Família (USF) de referência

A Prefeitura de Maricá avançou na oferta de métodos contraceptivos à população e
iniciou, nesta quinta-feira (1) a inserção gratuita do Sistema Intrauterino de
Levonorgestrel (SIU), conhecido como DIU hormonal, e passou a oferecer também o
implante subdérmico de etonogestrel, substância que evita a ovulação e a
chegada de espermatozóides ao óvulo. Com isso, o município se torna um dos
únicos no país a disponibilizar, sem custos às pessoas interessadas, ambos os
procedimentos para evitar a gravidez, contando ainda com a inserção do chamado
DIU de cobre, como recomenda o Ministério da Saúde.

Os métodos contraceptivos mencionados acima são oferecidos às mulheres e também
aos homens transsexuais, desde que atendam aos critérios estabelecidos. As
pessoas que desejam a inserção devem procurar a sua Unidade de Saúde da Família
(USF) de referência, que atende a região de moradia, onde serão integradas ao
planejamento reprodutivo e aconselhadas pela equipe multiprofissional. Após
isso, caso se enquadre em uma ou mais indicações clínicas, serão encaminhadas
para introdução do dispositivo.

Os médicos ginecologistas das equipes multiprofissionais que atuam nas USF,
além de outros profissionais, passaram por um treinamento no Serviço de
Atendimento Especializado (SAE), em Araçatiba, voltado à inserção dos novos
métodos contraceptivos oferecidos na cidade e ao acolhimento às pessoas
interessadas.

A secretária de Saúde, Juliana Nogueira, garantiu que esse é mais um passo na
qualificação do cuidado à população, oferecendo novas possibilidades de
contracepção e tratamento de doenças.

 “Esse é um marco na saúde de Maricá, onde disponibilizamos na rede o DIU hormonal e o dispositivo subdérmico. São dois mecanismos de proteção e valorização do bem-estar, com métodos contraceptivos e que também ajudam a tratar doenças, como é o caso da
endometriose. Unidos ao DIU de cobre, temos três iniciativas que contemplam a
proteção, melhorias de saúde e de acesso às demandas”, ressaltou.

Claudia Rogéria de Lima, diretora de Atenção à Saúde da Femar, pontuou os
diferenciais da oferta gratuita, favorecendo o acesso de pessoas em
vulnerabilidade aos métodos.

 “Adquirimos pela Femar o SIU (DIU hormonal) e o implante subdérmico, buscando disponibilizá-los gratuitamente aos públicos-alvo. Assim, atendemos à nova legislação do planejamento familiar e temos esse ganho imenso para a saúde. Esses métodos contraceptivos e sua inserção custam, em média, de R$ 2 mil a R$ 2.500, e, em Maricá, temos essa oferta gratuita, o que é inovador”, acrescentou.

Métodos contraceptivos promovem o bem-estar

Bruna Fontes, de 30 anos, foi uma das primeiras moradoras a receber o DIU
hormonal e reforçou o impacto para o seu cotidiano, inclusive na melhoria de
sintomas da endometriose.

 “Estou muito feliz de ter a possibilidade de colocar o DIU hormonal gratuitamente, porque os custos, geralmente, são bem altos. Isso vai fazer a diferença na minha vida, porque
tenho endometriose e o dispositivo, além de contraceptivo, também é um
tratamento para essa condição. Estou muito grata e, assim, terei mais qualidade
de vida!”“, afirmou.

A comunicadora Raquel Miranda, de 30 anos, mora no loteamento Manu Manuela e
passou pela inserção do implante subdérmico. Ela destacou a sua eficácia e
diferenciais.

 “Já pensava em colocar o dispositivo subdérmico, mas, pelo custo financeiro, não era viável no momento. Agora, saber que posso fazer sem nenhum custo, pela saúde pública, é muito bom. Isso vai mudar a minha vida, porque usava o comprimido oral e tenho receio de esquecer ou outros problemas. Esse método vai ajudar nas minhas decisões e
contracepção”, frisou.

Cal Ferraz, de 19 anos, é uma pessoa não binária (que não se sente pertencente
ao gênero masculino ou feminino) e também recebeu o implante, pontuando o
impacto do serviço na garantia de seus direitos.

 “Esse foi um dia muito importante, porque contei com a liberdade de ter o atendimento e a possibilidade de colocar o método contraceptivo. Assim, não preciso me preocupar com várias questões e sou reconhecido como sou, o que é muito bom. O serviço é um diferencial e será para diversas outras pessoas”, concluiu.

Sobre o sistema intrauterino hormonal e o implante subdérmico

O Sistema Intrauterino Liberador de Levonorgestrel (SIU-LNG), conhecido como
DIU hormonal, é um contraceptivo de longa ação, com elevada eficácia, feito de
plástico em formato de T, que contém um reservatório desenvolvido para promover
a liberação contínua de levonorgestrel. Ele suprime o crescimento da membrana
que recobre a parede da cavidade uterina (endométrio), com duração de 5 anos
após a sua inserção e com a possibilidade de ser retirado a qualquer momento,
se a pessoa desejar ou apresentar algum problema. O método não interfere nas
relações sexuais, reduz as cólicas menstruais e os sintomas da endometriose
(dor pélvica, menstruação irregular, dentre outros).

O implante subdérmico é um pequeno tubo de plástico que contém o hormônio
etonogestrel, e é colocado debaixo da pele do braço não dominante (menos
utilizado). Sua ação segue por 3 anos e funciona com a liberação do hormônio
para a corrente sanguínea, sendo caracterizado como um método prático e de
longa duração. Ele evita a necessidade de receber a pílula contraceptiva
diariamente, não interfere nas relações sexuais, reduz as cólicas menstruais e
tem a possibilidade de ser usado por pessoas que não podem tomar pílulas
contendo estrogênio.

Indicações de uso


O DIU hormonal é indicado, principalmente, para mulheres obesas; àquelas que passaram
por cirurgia bariátrica; com sangramento uterino anormal em tratamento clínico
há, pelo menos, seis meses; ou ainda que não possam realizar terapia hormonal.
Além disso, também é recomendado para homens transsexuais obesos; que fizeram
cirurgia bariátrica; que possuem sangramento uterino anormal; ou com
contraindicação de terapia hormonal.

Em relação ao implante subdérmico, ele é recomendado para mulheres em algum
risco social, assim como para homens transsexuais na mesma situação. Em outra
frente, também podem receber esse método contraceptivo adolescentes com idade
entre 15 e 17 anos com elevada vulnerabilidade social; mulheres e homens
transsexuais com transtornos mentais graves e severos; além de mulheres e
homens transsexuais que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV).

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