O caso da morte do garotinho Kaio da Silva Azeredo, de 5 anos, cujo corpo foi encontrado dentro da lagoa de Araruama, em Cabo Frio, ainda está longe de ser resolvido. A vítima foi encontrada no fundo da lagoa neste domingo (4) por pescadores e as primeiras versões do crime davam conta que o padrasto da criança teria surtado após uma briga familiar e se jogou na água, na altura do bairro Jacaré, onde Kaio morava com a mãe, Fernanda da Silva Azeredo, de 26 anos. Essa informação não procede, conforme a polícia civil, que investiga o caso.
Ocorre que, segundo disse o delegado Marcello Braga (titular da 126ª DP) nesta segunda-feira (5) ao Portal RC24h, em depoimento, a mãe do garoto disse que Kaio e Vagner da Conceição, de 36 anos, padrasto de Fernanda, dormiam na sala da casa na noite de sábado (3) enquanto ela e sua mãe saíram para comprar um lanche e, ao retornarem, "cinco minutos depois" - segundo disse Fernanda no depoimento, os dois não estavam mais na residência. Elas então saíram pelas ruas do bairro, por volta das 22h, à procura de Vagner e de Kaio quando um rapaz disse às duas que Vagner estava andando na direção da lagoa e quando tentou intervir foi ameaçado pelo padrasto de Fernanda, que segundo a testemunha "estava visivelmente nervoso".
Ele então voltou para dentro do bairro e foi até Fernanda avisar do ocorrido. Uma segunda testemunha se jogou na lagoa para tentar impedir Vagner e quase se afogou. Ele está internado no HCE e ainda não foi ouvido pela polícia.
O depoimento vai totalmente de encontro às primeiras informações divulgadas pelo Conselho Comunitário de Segurança, que é diretamente ligado Polícia Militar e outros órgãos de segurança, que teria havido uma briga de família que terminou em tragédia, tal como divulgado pelo Portal neste domingo.
Por outro lado, ainda segundo explicou o titular da 126ª DP, Fernanda disse em depoimento que Vagner era usuário de cocaína, e que naquela noite ele "não estava no estado normal dele, mas sim um pouco alterado".
O crime ainda nem pôde ser tipificado, já que somente após as oitivas a polícia poderá ter uma ou mais linhas de investigação.
Ainda não há informação sobre o sepultamento do garotinho Kaio.