"EU QUERO VIVER"/ Morador de Cabo Frio, portador de doença congênita, faz apelo por atendimento com neurocirurgião

Igor Ferreira tem Mielomeningoncele e está há seis meses sofrendo por conta de um abcesso não cicatrizado no pescoço


“Eu quero viver”, esse é o apelo de um jovem de 35 anos, morador do Segundo Distrito de Cabo Frio, que vive com uma doença congênita. Desde que nasceu, Igor Ferreira, morador de Unamar há 16 anos, sofre de Mielomeningoncele, uma malformação congênita da coluna vertebral em que as meninges, a medula e as raízes nervosas ficam expostas.

 Depois de enfrentar 18 cirurgias, Igor teve que passar por um procedimento de remoção de um abcesso no pescoço, que foi realizado em agosto de 2020. Esse processo ainda não cicatrizou e desde então, ele e sua mãe vivem uma saga para tentar resolver o problema.

São seis meses na agonia de dor, febre e convulsões causadas pelo ferimento. De acordo com dona Alpha, mãe de Igor, no local onde foi feito o procedimento passa um cateter que dá acesso a uma válvula. Uma inflamação no local pode fazer o organismo rejeitar esta válvula, o que pode tirar a vida do rapaz.

O apelo de dona Alpha é para que um neurocirurgião possa olhar para o problema do filho e dar uma resposta sobre o caso. Até o momento, nenhum profissional deu uma explicação do porque o procedimento não deu certo e nem encontrou uma solução.

A mãe conta que o município não tem esse especialista em rede. “Estamos numa transição de mudanças no governo. Os que tínhamos foram mandados embora junto com o governo anterior, que deixou o município na penúria. Até agora nada foi feito para acabar com esse sofrimento. A rede pública de saúde fica num jogo de empurra pra lá, pra cá, e o problema segue”.

Ela e o filho estão desempregados por conta da situação de pandemia, eles trabalhavam como ambulantes na praia, mas atualmente vivem apenas das latinhas que vendem e do Benefício vindo da Lei Orgânica da Assistência Social. Além de toda dificuldade, eles ainda tem gastos com fraldas geriátricas e com o remédio anticonvulsivo, que a prefeitura parou de fornecer.

“Estamos praticamente a mercê da própria sorte.Ele no momento pra continuar vivendo está dependendo praticamente da ajuda divina”, lamenta Alpha.

Em resposta, a Prefeitura de Cabo Frio informou que possui neurocirurgião na rede municipal de saúde e que a consulta para o paciente Igor Ferreira está agendada para a próxima segunda, dia 18, no PAM de São Cristóvão, com o neurocirurgião. O PAM de Unamar também está acompanhando o caso.

Categorias: Cabo Frio Saúde

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