No final da tarde deste sábado (24), a justiça eleitoral de Iguaba Grande decidiu rejeitar o registro de candidatura de Grasiella Magalhães (PP) à prefeitura do município. Com o resultado, ela fica impossibilitada de disputar a chefia do executivo municipal iguabense nas eleições de 15 de novembro.

A sentença da juíza Maíra Valéria tem onze laudas. Nas alegações do pedido de impugnação apresentado pelo advogado Dr. Pedro Canellas, que a magistrada considerou pertinentes, constam a tentativa da candidata de exercer um terceiro mandato consecutivo, além de observar ainda a rejeição de contas do exercício 2013 pelo TCE que foi acompanhada pela câmara municipal.

“Tal situação que levou à designação da eleição majoritária suplementar, para complementação do período de gestão, vez que de fato a gestão municipal foi exercida pela terceira vez, pela pretensa candidata e que, em razão disso, o Juiz Eleitoral de Piso chama de ‘quarto mandato familiar consecutivo’; NÃO LHE PERMITE TER DEFERIDO O PRESENTE RRC. Ante o princípio que veda que a parte possa valer-se da própria torpeza; é consequência natural de tal vedação a pretensa candidata sofra as consequências de sua própria conduta, pois embora houvessem liminares sucessivas a mantê-la no exercício do cargo de Prefeito, tais liminares somente existiram porque esta no exercício do direito de ação, que é VOLUNTÁRIO, insistiu em ‘considerar-se vencedora’ de um certame sem qualquer fundamento, por violar norma constitucional...”

Embora ainda caiba recurso no TRE, as chances de Grasiella são muito reduzidas, assim como as do candidato cabo-friense Marquinho Mendes, que também teve sua candidatura impugnada neste sábado (23).