No final da tarde deste sábado (24), a justiça eleitoral de Cabo Frio decidiu rejeitar o registro de candidatura do candidato Marquinho Mendes (MDB) à prefeitura do município. Com o resultado, ele fica impossibilitado de disputar as eleições de 15 de novembro.

O ex-prefeito ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral, mas as chances dele são mínimas, segundo advogados especializados.

Na sentença, a justiça conclui que o candidato está inelegível desde a decisão de 2018, logo Marquinho ainda está com seus direitos políticos suspensos:

“Analisando-se os fatos, o Parquet Eleitoral entende que merece acolhimento o que requer o Partido Unidade Popular, uma vez que, inobstante a narrativa do impugnado no sentido de que houve suspensão da decisão que o condenou aos ditames da Lei nº 8.429/90, ele não se desincumbiu do dever que lhe cabia de comprovar as suas alegações. Por outro lado, a narrativa do impugnante Partido Unidade Popular é robustecida por elementos fáticos e comprobatórios, sobretudo a partir dos documentos acostados à fl. 193 (ID 11697898), podendo ser extraído que no ano de 2018 o impugnado foi condenado por órgão colegiado à suspensão dos direitos políticos pelo período de (03) três anos. “

Marquinho recebeu uma última condenação esse ano o tornando inelegível até 2023, mas inconformado, o candidato do MDB voltou a insistir com registro de candidatura apostando em recursos que adiassem a decisão antes do peito. E essa parece ser novamente a estratégia do candidato. No entanto, a justiça eleitoral deve julgar todas as apelações antes do pleito.

Desta forma, assim como nas eleições suplementares de 2018, Marquinho deve tentar “catimbar” no jogo político, mas a tendência é o tribunal rejeitar novamente o registro dele como fez nas últimas eleições.

Marquinho foi o único dos 11 candidatos a prefeito de Cabo Frio, a ter o registro indeferido, ou seja, recusado pela justiça.