TCE rejeita contas do ex-prefeito de Búzios Mirinho Braga

Processo já está na Câmara buziana e será avaliado pela Comissão de Orçamento e Finanças


O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) deu parecer prévio contrário às contas do ex-prefeito de Búzios, Mirinho Braga (PDT) relativas ao período de 2008 a 2011. A Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara de Búzios recebeu o processo e está analisando.

O Tribunal apontou irregularidades, entre elas pendências bancárias a título de débito no valor de R$ 500 mil. Em entrevista ao portal Prensa de Babel, o ex-prefeito disse que 'as contas são de ordenador de despesas' e que 'essa questão só apareceu depois de 2012'.

"A gestão atual mudou a empresa de informática da prefeitura, fiz vários pedidos de informações e documentos, que me foram negados. A questão é puramente contábil, essas informações que o TCE pediu só a gestão atual tem. Protocolei vários pedidos e não tive resposta. Acredito no bom senso dos vereadores, se lerem o processo vão ver que não tive acesso aos documentos para resposta", disse Mirinho. 

O processo será analisado pela Comissão e seguirá os trâmites normais para, então, retornar ao plenário e ser votado. Valerá a decisão do legislativo se aprova ou não.

Mirinho disse estar confiante de que os vereadores vão aprovar. No entanto, conversando com a presidente da Câmara e candidata a prefeita, Joice Costa (PP) ela disse que "é muito precipitado fazer qualquer afirmação nesse sentido", mas que as contas estão sendo avaliadas pela Comissão para elaboração do parecer.

Vale lembrar que Mirinho é multiprocessado e multicondenado. Em março deste ano, o ex-prefeito recorreu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e foi derrotado. Em julho, sofreu nova derrota ao ter mais um recurso negado quando tentou reverter sua condenação por improbidade administrativa pelos crimes de dispensa indevida de licitação e peculato. O prejuízo causado ao município, em valores atualizados, é de mais de R$ 10 milhões. Na ocasião, foi condenado ao pagamento de multa civil de 50 vezes o valor da remuneração recebida por ele à época das licitações, corrigidas com juros.

Categorias: Política

Fotos da notícia




Outras notícias