A Federação de Futebol do Rio de Janeiro já definiu a data para a retomada do Campeonato Carioca. Em arbitral realizado na última terça-feira (16), ficou decidido que o torneio voltará a ser disputado já nesta quinta-feira (18). A partida que irá abrir a quarta rodada será entre Bangu e Flamengo, no Maracanã.
Por questões de segurança e atendendo as determinações da Prefeitura do Rio, a partida será realizada com portões fechados, ou seja, sem a presença de torcedores. A decisão pela retomada saiu mesmo sem unanimidade entre os clubes. Botafogo e Fluminense mantiveram o posicionamento contra o retorno, mas ainda assim a entidade máxima do futebol carioca seguiu com seu cronograma normalmente.
Em determinado momento do arbitral, o presidente Rubens Lopes chegou a criticar os dois clubes contrários a volta, comparando-os com estudantes. "O bom aluno, que estudou, se preparou para a prova, chega para fazê-la, mas o aluno que não estudou quer adiá-la", disse o presidente da Ferj. As palavras dão a entender falta de empenho de Botafogo e Fluminense na busca por alternativas que garantissem condições para a volta dos jogos em segurança.
Mesmo contra a volta, Fluminense e Botafogo estão incluídos na rodada divulgada pela Ferj. O Tricolor das Laranjeiras encara o Volta Redonda na próxima segunda-feira (22) no Maracanã. No mesmo dia, o Alvinegro pega a Cabofriense no Engenhão. Não concordando com a decisão, os clubes prometem buscar seus direitos na Justiça.
"Não resta outra alternativa ao clube senão buscar as medidas na justiça desportiva para fazer valer o que é certo, ou seja, remarcar a data de nossos jogos para julho. Seguimos no estado de calamidade pública e faremos valer nosso direito de somente entrar em campo quando tivermos o devido tempo de preparação física para garantir as melhores condições aos atletas e a devida segurança sanitária", disse o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt.
O presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, segue a mesma linha de raciocínio. "Não houve consenso até o momento. O Botafogo tem uma linha de ação definida caso o quadro permaneça inalterado, mas espera que haja entendimento entre os clubes e o seu pleito seja atendido. Não há condições de cumprir esse calendário da forma que foi proposta", explicou Mufarrej.