ARRAIAL DO CABO/ Porto do Forno está novamente alfandegado para receber granéis sólidos

A decisão é de grande importância para a cidade, tendo em vista que a carga a granel, principalmente de agrícolas de malte e cevada, é o principal tipo de carga operada no local


A suspensão do alfandegamento de granéis sólidos e cargas que permitam inspeção visual direta no Porto do Forno, em Arraial do Cabo, foi deferida no dia 22 de maio e publicada na manhã desta terça-feira (26), permitindo que o Porto do Forno retome as atividades. A decisão é de grande importância para a cidade, tendo em vista que a carga a granel, principalmente de agrícolas de malte e cevada, é o principal tipo de carga operada em Arraial.

Essas operações estavam suspensas desde abril de 2018, quando o Porto foi embargado, e desde a liberação no ano passado o presidente do órgão, José Antônio Simas, o Zezé, trabalhava para retomar as atividades. Além de ser base de apoio off-shore para a atração de navios de 200m de comprimento por sua posição geográfica estratégica entre as Bacias de Campos e de Santos, agora também será possível armazenar e despachar os grãos procedentes do exterior ou a ele destinadas. Outro ponto a ser destacado são os selos disponíveis para descarregar o malte e armazená-lo sem a necessidade de um contrato de arrendamento, permitindo que as empresas apenas com o contrato de armazenamento possam operar em Arraial do Cabo e escoar a mercadoria para as cervejarias do Rio de Janeiro.

“O Porto teve o alfandegamento suspenso no período que foi embargado. De lá para cá, foi muita luta. Encontramos um Porto sucateado em 2017, com computadores, câmeras e todo o sistema de alfandegamento destruídos. Tivemos que correr atrás para acertar multas milionárias, déficits de INSS não pagos dos anos anteriores, isso dificultou muito nosso trabalho. Por isso essa liberação é uma grande vitória! Estamos trabalhando firmes, apesar das dificuldades, para que possamos funcionar plenamente. Com essa liberação, podemos trabalhar com grãos, como o malte, e também barcas de açúcar, por exemplo. Não trabalhamos com container, trabalhamos com carga solta e a granel. Isso abre um novo leque de operações e gera mais empregos na nossa região,” comenta Zezé.

Lembrando que o desembargo do Porto aconteceu no final de abril, fator que influencia diretamente na economia da cidade. Com o retorno das operações, a estimativa é que sejam gerados empregos diretos e indiretos no município.

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