CABO FRIO / Empresários denunciam irregularidade em demolição de quiosque feita pelo INEA

Instituto Estadual do Ambiente garante que remoções realizadas na Praia das Conchas ocorreram por questões ambientais e porque os estabelecimentos estavam sendo invadidos por desconhecidos para a pratica de delitos


Após uma ação do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) que resultou na demolição de alguns quiosques em Cabo Frio na última sexta-feira (15), a família que administrava o quiosque Delírio Tropical, na Praia das Conchas, afirmou que a derrubada do estabelecimento foi feita de maneira irregular e sem notificação prévia.

Segundo justificativa do Inea, as demolições dos imóveis no canto esquerdo da Praia das Concha, que já tinham sido desocupados pelos proprietários originais por decisão judicial, ocorreram por questões ambientais e porque os estabelecimentos estavam sendo invadidos por desconhecidos para a pratica de delitos. 

No entanto, os empresários responsáveis pelo quiosque Delírio Tropical afirmam que a justiça ainda dava prosseguimento ao processo, e que o imóvel não poderia ter sido demolido antes do veredito.

"O Morel, do Inea, deveria apurar melhor os processos. O nosso ainda está em andamento e aguardando perícia. No início de abril, conseguimos a gratuidade de justiça para o prosegmento do processo e a realização da perícia, e essa demolição foi totalmente sem cabimento. Será mesmo que o processo estava perdido em terceira instância?" - declarou uma das administradoras.

As questões judiciais acerca dos quiosques da Praia das Conchas já se arrastam há anos, e a dona do quiosque Delírio Tropical se diz injustiçada com o triste final do estabelecimento que era administrado pela família há décadas:

"Há 7 anos nos tiraram a posse, que foi dada para a União. Tivemos que nos reinventar, nunca recebemos nenhuma indenização. Tínhamos funcionários registrados, indenizamos todos eles, todos receberam tudo certinho. Tínhamos a esperança de sermos indenizados, porém, todos falavam que não teríamos direito. Então tocamos a vida, mas o processo ficou em andamento, afinal, onde fica o princípio da isonomia? Porque de 16 quiosques, somente 3 foram demolidos?" - questionou, complementando:

"Nunca nos conformamos com isso, nunca. Também achávamos um absurdo ficar daquela maneira, em total abandono, porque a União estava com a posse, mas nunca cuidou, nunca fez uma manutenção. Agora, foi o pior tapa que poderíamos ter tomado. Demolição sem nenhuma notificação? Nada. Em plena pandemia, em plena quarentena, onde todos já estamos sofrendo, abalados, perdidos? Desumano, cruel, injusto" - desabafou.

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