Justiça autoriza goleiro Bruno a se mudar para Arraial do Cabo

Jogador, no entanto, divulgou mensagem que coloca Cabo Frio como destino, contrariando à decisão da Justiça


A Justiça de Minas Gerais autorizou o goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte da modelo Eliza Samudio, a se mudar para a cidade de Arraial do Cabo.

O atleta, no entanto, divulgou uma mensagem, neste sábado (28), que diverge da decisão do juiz Tarcísio Moreira de Souza. Fernandes fala no texto sobre uma cidade vizinha ao município autorizado.

“Não foi uma despedida… Foi apenas um até breve! Partiu Cabo Frio!” (sic), publicou o ex-jogador do Flamengo em uma rede social. Na postagem, o jogador aparece em uma foto com um grupo de amigos, em Varginha, a 320 km de Belo Horizonte, onde ele vive com a família.

O goleiro cumpre em regime semiaberto o restante da pena de 20 anos e nove meses, desde de julho de 2019. Desta forma, para se mudar de cidade, o esportista dependia de autorização judicial.

Ao condender o benefício, o juiz Tarcísio Moreira de Souza alegou que Fernandes comprovou o novo endereço em Arraial do Cabo e que o Ministério Público de Minas Gerais também foi favorável à mudança.

A reportagem procurou a defesa do jogador para comentar a divergência das cidades, mas não teve retorno. A decisão do juiz não cita um possível novo local de trabalho para o goleiro.

 

Vida em Varginha

Bruno Fernandes se mudou em 2017 para Varginha, cidade de 134 mil habitantes e conhecida pela produção de café, após assinar contrato com o Boa Esporte, time da primeira divisão do campeonato Mineiro e da série C do Brasileirão.

A troca de endereço aconteceu durante a curta temporada de dois meses em que ele ficou solto naquele ano. O jogador, porém, não chegou a entrar em campo pelo Boa, já que a Justiça o mandou de volta à prisão.

A dentista Ingrid Calheiros, mulher de Fernandes, estava grávida na época e continuou vivendo em Varginha. A filha do casal, hoje com 2 anos, nasceu na cidade em dezembro de 2017.

Enquanto isto, o ex-jogador do Atlético Mineiro passou uma temporada na penitenciária comum e outra na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) - uma espécie de presídio com sistema humanizado onde os presos cuidam da própria unidade.

Após nove anos preso, o esportista alcançou o direito de progredir para o regime semiaberto, que é aquele em que o detento trabalha durante o dia e volta para a prisão à noite.

No entanto, como a cidade de Varginha não tem albergues judiciais para os presos cumprirem este tipo de pena, o atleta foi enviado ao sistema domiciliar. Desde então, Bruno tenta voltar aos gramados.

 

*Com informações do R7.

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