O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou, em um áudio enviado ao "RJTV", que continuará seguindo as recomendações de confinamento feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate ao coronavírus. Mais cedo, em entrevista ao "Bom Dia Rio", ele havia dito que, caso o governo federal não desse ajuda financeira até segunda-feira (30), seria muito difícil manter essas medidas no estado em razão dos impactos econômicos. O governador fez ainda duras críticas ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
De acordo com Witzel, Mandetta está mudando sua visão do isolamento e se aproximando da opinião do presidente Jair Bolsonaro, que já se colocou contra medidas de confinamento e fez pronunciamento pedindo que as pessoas voltassem ao trabalho.
Nesta quarta-feira (25), Mandetta buscou se equilibrar entrea lealdade a Bolsonaro e sua atuação tida mais como técnica do que política. Ele adotou um tom mais positivo sobre a doença, chegando a chamá-la de virose .Também classificou como "precipitada" a quarentena adotada em alguns estados.
Caos financeiro
Witzel dissera pela manhã desta quinta (26) que só poderia manter as medidas com recursos do governo federal e mencionou o "caos financeiro" ao se referir a esse quadro. E dera o prazo até segunda-feira como data limite. Depois, afirmara que "a responsabilidade passa a ser deles (governo federal)". Bolsonaro tem dado seguidas declarações questionando a quartentena determinada por governadores contra a propagação da doença em razão dos impactos negativos na economia.
"Nós estamos fazendo a nossa parte. Mas volto a dizer: se o governo federal até segunda-feira não apresentar algo que dê esperança para que as pessoas possam saber que não vão morrer de fome e não vão ter um cataclisma nas suas vidas, vai ser muito difícil continuar com essas medidas protetivas", afirmara o governador na entrevista da manhã.
*Com informações do Extra.