#15MINUTOSNORC / 'Sabíamos que seria uma tarefa árdua e tem muito ainda para fazer', afirma Renatinho Vianna

Prefeito de Arraial do Cabo e candidato à reeleição participou de entrevista exclusiva nesta terça-feira (22) e comentou sobre vários assuntos, como a polêmica votação das contas de 2017, os 'desafetos' do governo, moeda social e outras pautas


O entrevistado do #15MinutosNoRC desta terça-feira (22) é o prefeito de Arraial do Cabo, Renatinho Vianna (PRB). Na entrevista, o chefe do executivo cabista, que está em seu terceiro ano como prefeito, comentou sobre como tem sido a tarefa de administrar a cidade, que teve em 2017 o ano mais difícil, segundo Renatinho, quando o município sofreu com bloqueios de verba, pagamentos de dívida e salários atrasados. Até porque, em Arraial, apesar do turismo ser a joia da região, a Prefeitura é o maior empregador.

"Sabíamos que seria uma tarefa árdua, mas não no nível que pegamos a Prefeitura", disse.

Ano passado, chegou a dizer que não iria concorrer à reeleição. Mas em 2019 as coisas estão chegando no lugar e "tem muito ainda para fazer", disse Renatinho, confirmando sua pré-candidatura. Perguntado se teria "alguém em especial" com quem quisesse concorrer, preferiu se abster de comentar.

O prefeito cabista também falou sobre a polêmica da votação de suas contas de 2017, cujo parecer do TCE foi de reprovação mas a Câmara aprovou, na última quinta (17), em sessão tumultuada e briga na assistência, como divulgado aqui no Portal. Para Renatinho, a rejeição prévia do TCE não foi surpresa, pois tinha ciência dos problemas. "Esperávamos até que fosse pior. Tivemos muitos problemas naquele ano, como baixa arrecadação, custo alto da folha e outros pontos (já sanados) que vinham sendo arrastados desde 2015", avaliou. Ele lembrou ainda que a reprovação nada tem a ver com improbidade administrativa, mas algumas impropriedades.

"Muitos torceram contra, principalmente aqueles do "quanto pior melhor", mas deu tudo certo, apesar da situação triste que ocorreu", comentou Renatinho, com relação à briga de socos entre seu assessor André Silvério e o ex-secretário de Segurança Pública, Márcio Galo. "Nada justifica a violência. Chegando lá, ele (Silvério) se deparou com o ex-secretário, policial reformado e que se diz da imprensa. Está errado. Além de fingir ser da imprensa, ele estava armado dentro do plenário". 

E não poupou farpas ao desafeto: "Foi uma das maiores decepções no meu governo. Ele começou bem no início do governo, mas tomou outro rumo. A população odeia esse cidadão. A corporação odeia esse cidadão. Veio para criar o mal e a discórdia. Ele foi exonerado por falta de respeito com a coisa pública e mau caratismo. Silvério é um jovem, trabalhador, exerce suas funções e não falou nada demais. Ele questionou o que Galo estava fazendo ali, e num ato de covardia partiu para cima do garoto e o agrediu no rosto. O rapaz não tem sangue de barata. Aí eu disse a ele para se precaver e que tomasse providências legais. Por se tratar desse cidadão (Márcio Galo), o melhor a fazer é se precaver. É muito triste esse fato. Mas não poderia deixar de falar".

Um outro fato, nem tão polêmico mas que tem dividido opiniões na cidade é o projeto de Lei de sua autoria, uma espécie de "lei antidoping" válida para prefeitos, vices e vereadores que tomarem posse no município. O projeto de autoria do prefeito Renatinho Vianna, que já foi protocolado na casa legislativa e deve ir à votação nas próximas sessões, pretende tornar obrigatória a apresentação do resultado de exame toxicológico para exercer os cargos.

"Isso já existe em outros municípios, é adotado por grandes empresas, enfim. Então, por que não aplicar a regra aos que administram uma cidade, aos que têm a responsabilidade de representantar o povo? A intenção não é pessoal. Acho justo que façam os exames, esse é o certo. Não vejo porque tanta polêmica e tanta preocupação", justificou.

Na entrevista, Renatinho ainda aborda sobre a relação com outro desafeto, o vice-prefeito Serginho Carvalho (PHS), investigado em CPI por suspeita de irregularidade na aquisição de cestas básicas, da época de 2017, quando ele acumulava a função de secretário de Assistência Social.

"A decepção só não foi maior com ele do que com o ex-secretário (Márcio Galo). Mas na política nunca se sabe de tudo, é um aprendizado diário. Mas vamos cortando o mal pela raiz. Não temo as denúncias dele. É tudo oriundo da maldade dele, que faz de tudo para sentar na cadeira de prefeito. Mas isso só vai acontecer se eu morrer ou for preso. Quanto a ser preso não tenho essa preocupação".

O prefeito de Arraial do Cabo ainda fala sobre a TPA - Taxa de Proteção Ambiental, "um legado que vamos deixar ao município", e a moeda Xaréu, que, a exemplo de Maricá, visa movimentar a economia".

Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo:

 

 

Categorias: Política

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