O vereador Luciano Tequinho (PPS) expôs durante a sessão desta terça-feira (20), hipóteses de possíveis crimes do Poder Executivo contra a administração pública.
O parlamentar aproveitou a presença da população em massa na Câmara para divulgar um áudio de Whatsapp em que um homem afirma ter pago R$ 20 mil de propina ao prefeito Renatinho Vianna (PRB), por intermédio da Secretária de Educação, Mônica Nilze. De acordo com as informações levantadas pelo vereador, o dinheiro é referente às verbas da merenda do município cabista, e o superfaturamento no valor do contrato com a empresa mencionada, ?Alimentação Carmense?, servia para encobrir os desvios.
A denúncia causou espanto a todos os presentes, e Tequinho sugeriu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de apurar a situação. De acordo com o vereador, esta é apenas uma entre outras irregularidades cometidas na gestão do atual prefeito.
Na próxima sessão, que será realizada nesta quinta-feira (22), os demais vereadores devem discutir os trâmites para formalizar a CPI, que já conta com a aprovação e o apoio do presidente da casa, Thiago Félix (PSC), e do vereador Ton Porto (PCdoB).
Nota de esclarecimento e repúdio
Após as declarações de Tequinho, a Prefeitura de Arraial do Cabo emitiu uma nota rebatendo as acusações:
"Em respeito à população de Arraial do Cabo, a Prefeitura esclarece que a Secretária de Educação, Mônica Nilze, jamais praticou atos ilícitos frente à pasta e repudia de forma categórica as acusações.
O governo municipal defende a ampla investigação para esclarecimento de todos os fatos. Mônica Nilze salienta ainda, que não há conhecimento de quem seja a pessoa do suposto áudio gravado e nem ligação da mesma com nenhum processo de prestação de serviço ou fornecimento para a gestão municipal.
Por fim, o prefeito Renatinho Vianna lamenta a irresponsabilidade em usar fake news para desestabilizar o governo, em que um áudio sem qualquer comprovação de autenticidade é tratado como verdade. O prefeito reafirma a total transparência e responsabilidade em todos os trâmites de contratação de serviços para o município, não havendo qualquer conduta ilegal envolvendo funcionários públicos e fornecedores.
Atenciosamente,
ASCOM PMAC"
