O homem que sequestrou um coletivo na Ponte Rio-Niterói na manhã desta terça-feira (20) foi morto por atiradores de elite da Polícia Militar. Por volta de 9h, o sequestrador saiu do ônibus, foi atingido por tiros e caiu na escada do coletivo. Pelo menos sete disparos foram ouvidos e um dos atiradores comemorou sobre um carro do Corpo de Bombeiros.
Segundo a Polícia Militar, o criminoso chegou a sair algumas vezes de dentro do veículo. Ele usava calça preta, blusa branca, um boné e um lenço também preto que escondia parte do rosto. Ele estava com uma arma de brinquedo, uma faca, uma arma de choque e um galão com gasolina.
Seis reféns - quatro mulheres e dois homens - já haviam sido liberados no momento em que o sequestrador foi baleado. A PM estima que 31 pessoas ainda estavam dentro do coletivo no momento dos tiros. Nenhum reféns ficou ferido.
De acordo com a porta-voz da Polícia Rodoviária Federal, Sheila Sena, o homem, que se identificou como PM, ameaçou jogar gasolina no ônibus. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram ao local e iniciaram negociação com o sequestrador.
Segundo um dos reféns, o sequestrador não fez nenhuma exigência, mas demonstrava satisfação ao saber o caos causado no trânsito. Ele chegou a dizer que os reféns teriam muita história pra contar.
O sequestro começou por volta das 5h30, em um ônibus da linha Jardim Alcântara (São Gonçalo) - Estácio (Centro do Rio). O sequestrador obrigou o motorista do ônibus a parar o veículo atravessado na subida do vão central e um grande congestionamento se formou na ponte. O criminoso permitiu que os reféns mantivessem os celulares e fizessem registro do interior do ônibus por fotos e vídeos, além de entrar em contato com familiares. Ele acompanhava todas as notíciais por um monitor no interior do veículo.
O governador Wilson Witzel publicou uma mensagem no Twitter às 8h42 sobre o caso. "Estou acompanhando desde cedo, com atenção, o sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói. Estou em contato direto com o comando da Polícia Militar, que trabalha para encerrar o caso da melhor maneira possível. A prioridade absoluta é a proteção dos reféns", escreveu ele.
TRÂNSITO CONTINUA COMPLICADO
O motorista que precisa seguir para o Rio de Janeiro continua enfrentando muita dificuldade. O trânsito segue interditado na Ponte Rio-Niterói e o acesso às balsas está bastante congestionado. No sentido oposto, fluxo também está com retenções.
