Faculdade inclui visitas técnicas ao centro de monitoramento da Prolagos por ser referência nacional em tecnologia de ponta

Alunos terão a oportunidade de ver inteligência artificial e internet das coisas aplicadas aos serviços de água e esgoto


Automação aplicada ao saneamento. Essa lição o professor Alessandro Larangeiras, do curso de Bacharelado em Sistema da Informação da Universidade Estácio, unidade Cabo Frio, foi conferir in loco em um dos centros de controle operacional (CCO) mais avançados do país. Ele está organizando uma visita técnica para estudantes do 1º ao 8º período como parte das atividades acadêmicas, e escolheu o CCO da Prolagos, instalado na sede da concessionária, em São Pedro da Aldeia.

Apaixonado por automação, Alessandro verificou como os dados das operações dos sistemas de água e esgoto são registrados, analisados e armazenados, a partir de diferentes tecnologias, inclusive algumas bem novas como inteligência artificial, IoT (Internet das Coisas), que fazem desse centro de monitoramento referência nacional no segmento.

“A automação gera facilidades e economia de recursos. O interessante para os alunos é ver a aplicação dos conhecimentos que estão tento em sala de aula no mercado de trabalho, nas mais diversas áreas, como saneamento, por exemplo”, conta Alessandro.

O estudante Henrique Arduini, que está cursando o 3º período, também acompanhou a apresentação do coordenador de operações da Prolagos, Victor Barreto, responsável pelo CCO. Victor mostrou os softwares e sistemas automatizados que analisam dados em tempo real das redes, reservatórios e estações de bombeamento e tratamento como vazão, pressão, níveis e consumo de energia, além de históricos de parâmetros operacionais. As informações permitem a análise antecipada do que pode vir a acontecer em uma situação específica e ações preventivas, aumentando a eficácia do serviço prestado.  Arduini conheceu programas que estão em operação e também projetos em teste, como o que vai identificar caminhões pipa clandestinos.

“Esperava encontrar um sistema, mas não tão avançado quanto esse, fiquei bastante surpreso. Quando a gente começa a fazer programação de sistemas, o foco passa a ser como as coisas funcionam por trás. Aqui, eu vi o que está por trás dos sistemas de abastecimento de água e esgoto. Olhando as imagens nas telas do CCO a gente começa a imaginar como funciona em linhas de códigos, as ferramentas e disciplinas que estão sendo utilizadas. O programa de identificação de veículos que a Prolagos tem, por exemplo, emprega princípios de matemática, estatística, entre outras. Essas informações também podem ser passadas para as prefeituras utilizarem”, sugere Henrique.

O sistema de contagem de veículos, implantado em 2014, foi desenvolvido pelos profissionais da Prolagos e consiste na instalação de sensores em pontos de entrada e saída dos municípios atendidos pela concessionária (Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios). Com esses equipamentos é possível estimar a população flutuante que vem para a Região dos Lagos e tomar decisões estratégicas para o abastecimento de água.

“Essas visitas são muito importantes para a disseminação do conhecimento. Eu sou morador da região e antes de vir trabalhar na Prolagos eu não tive a oportunidade de conhecer as tecnologias empregadas para a água tratada chegar em nossa casa. É o que os alunos de graduação estão tendo. É gratificante saber que o nosso trabalho tem sido divulgado e ver o interesse da população”, diz Victor.

Para o xará Victor Maia, a oportunidade veio em dose dupla. Ele cursa Sistema de Informação na Estácio e é auxiliar de automação no CCO da Prolagos. “Sempre que eu aprendo alguma coisa nova na faculdade em relação à programação eu logo penso em como transformar aquele aprendizado em algo que possa aprimorar o serviço que estou fazendo aqui na concessionária. É uma troca e um diferencial pra mim”, conclui Victor.

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