Hospital da Mulher de Cabo Frio é interditado nesta quinta-feira (16). Prefeito aparece no local, contraria determinação e garante atendimento

Auto de interdição foi emitido após vistoria do CREMERJ e determina fechamento por 15 dias. Prazo pode ser prorrogado


O Hospital da Mulher de Cabo Frio foi interditado no início da tarde desta quinta-feira (16). O auto de interdição partiu do Conselho regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). A interdição ética é decorrente de uma vistoria realizada pelo Conselho no dia 17 de abril, onde foram constatadas irregularidades. 

Segundo o documento, o Hospital Municipal da Mulher, que funciona na rua Florisbela Pena, no bairro Braga, está com o trabalho dos médicos que atuam na unidade interditado por  15 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, "com base nos princípios fundamentais (...) do Código de Ética Médica".

Ainda conforme o documento, a interdição, com início nessa quinta-feira, será encerrada na ocasião em que as determinações sejam cumpridas, após nova avaliação do Cremerj e aprovação em plenário. O Cremerj e a direção-geral do Hospital da Mulher estão reunidos nesse momento para definir as diretrizes.

A gestante Daniela Souza, que está em trabalho de parto, chegou na unidade buscando atendimento, mas recebeu a informação de que não poderia ser atendida. A amiga Kelly Peçanha foi orientada a procurar outra unidade de saúde. "Falaram pra pegar uma declaração, mas não querem dar. Estou tentando contato com alguém pra socorrer a gente aqui", lamenta.

Wagner Lessa está com a esposa, Gisele Mesquita, no Hospital da Mulher desde às 9h, aguardando o atendimento para uma gravidez de risco. Eles contam que receberam a informação que deveriam procurar o hospital de Arraial do Cabo.

 

Os conselheiros do Cremerj conversaram com a reportagem do Portal RC24h, na porta do hospital, e explicaram que o secretário de Saúde Márcio Mureb estaria em conversação com outras unidades de Saúde que possam receber atendimentos de emergência. 

 

 

Vereadores também foram até a unidade hospitalar para tentar negociar a manutenção por pelo menos mais dois ou três dias até que a situação fosse resolvida. Teve até bate-boca.

 

 

E logo em seguida quem chegou foi o próprio prefeito Dr Adriano e contrariou a determinação do Cremerj. Disse que como médico garantiria o atendimento e que o Hospital não ficaria interditado, pois entraria com liminar para reverter a situação.

 

 

 

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