ARRAIAL / Excesso de peso impede descarregamento de sal no Porto do Forno

Navio retorna ainda esta semana ao local para entregar 28 mil toneladas do produto à Sal Cisne


Estava previsto para descarregar na manhã desta segunda-feira (6), no Porto do Forno,  em Arraial do Cabo, mais de 30 mil toneladas de sal para a empresa  Sal Cisne, de Cabo Frio. Por causa da quantidade excessiva do produto, a Capitania do Portos decidiu não autorizar a entrega do produto, por medida de segurança.

Essa seria a primeira operação depois de 11 meses de inatividade devido ao embargo imposto pelo Ibama, causado por descumprimento de condicionantes estabelecidas na Licença de Operação (LO) 892/2009. 

Inicialmente as informações geraram especulações nas ruas e nas redes sociais dando conta de que o navio apresentava problemas no calado - inscrição obrigatória  no costado das embarcações, um conjunto de marcas e de informações para que as autoridades portuárias possam controlar a segurança da operação dos navios e o estado de carga - que não suportaria o peso da embarcação.

Algumas pessoas chegaram a afirmar que o navio não retornaria mais para Arraial, o que causaria prejuízo para a cidade e, ainda , de que o navio teria que descarregar oito mil toneladas no mar, o que se configuraria um crime ambiental, para se adequar às exigências recentes da capitania. Mas nada disse se confirmou.

De acordo com o presidente do Porto, José Simas, o navio, terá que abastecer no Rio, e sairá ainda na noite desta segunda-feira para a capital, descarregará cinco mil toneladas na cidade, e retornará entre os dias 9 e 10, quinta ou sexta-feira desta  semana para entregar as 28 mil toneladas do produto à Sal Cisne. Segundo Simas, o navio estava com a carga acima da capacidade para atracar no Porto e a Capitania dos Portos não liberou a parada do navio por medida de segurança.

“A embarcação fará um abastecimento no Rio de Janeiro, onde também irá descarregar parte do sal para retornar ao Porto do Forno e fazer o descarregamento completo’ - explicou o presidente.

 

Porto, que ficou um ano sem atividade, gerará cerca de 300 empregos diretos e indiretos 

Após um ano embargado, o Porto do Forno, em Arraial do Cabo, finalmente foi liberado, em definitivo, para retomar suas atividades portuárias. O embargo, feito pelo Ibama, ocorreu em abril do ano passado em razão do descumprimento de condicionantes estabelecidas na Licença de Operação (LO) 892/2009.

O empreendimento não implantou os programas ambientais exigidos e colocava em risco o meio ambiente em uma região onde estão a Resex (Reserva Extrativista) Arraial do Cabo e o Parque Estadual da Costa do Sol. Os agentes ambientais, na época, autuaram a Companhia Municipal de Administração Portuária (Comap) em R$ 100 mil e determinaram por notificação que a empresa apresentasse o plano de controle e proteção ambiental.

Durante o período, foram suspensas atividades de armazenagem e de qualquer outra que caracterizasse comércio exterior, causando grave impacto econômico à região.Com a decisão, o prefeito Renatinho Vianna (PRB)  colocará em prática um projeto de geração de emprego e renda, além de instalar diversos cursos de qualificação profissional na própria área da unidade.

O presidente do empreendimento, José Antônio Simas, afirma que com o retorno das operações serão gerados cerca de 300 empregos diretos e indireto.

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