Comerciantes do Polo Gastronômico da Passagem, em Cabo Frio, relatam uma série de prejuízos no faturamento e com a perda de equipamentos em função de recorrentes curto-circuitos na rede elétrica do bairro.
O incidente mais recente ocorreu no último sábado (23), durante o evento Águas de Março, quando a fiação de um poste do Largo São Benedito começou a pegar fogo por volta das 21h30 e deixou todos os estabelecimentos do entorno às escuras. Para piorar, no mesmo dia, casas, bares e restaurantes da Passagem ficaram sem fornecimento de água, aumentando ainda mais os transtornos para empresários e moradores.
Mesmo pagando taxas altas pelos serviços, quem mora ou trabalha no bairro reclama da ineficácia do fornecimento de água e energia elétrica, que nos últimos meses vêm gerando inúmeras reclamações. A população da Passagem ressalta que o local, que até pouco tempo era um pacato bairro residencial com comércio não tão badalado, se tornou um dos pontos mais movimentados de Cabo Frio, e que a prestação de serviço por parte da Enel e Prolagos não acompanhou esse crescimento.
Lucia Mendes, responsável pelo Escritório do Chefe, afirma que já perdeu diversos equipamentos em função dos piques de luz.
“Nos últimos meses, tem faltando luz frequentemente. Geralmente no sábado, por volta das 21h30, que é justamente a hora de maior movimentação nos estabelecimentos. Já tivemos vários equipamentos queimados, sem contar com o prejuízo no faturamento nas noites que ficamos sem energia. É um transtorno, pois os equipamentos não funcionam e ficamos impossibilitados de trabalhar” – lamentou a comerciante.
Rodrigo Mello, do Bamba, revelou que também ficou sem água durante o sábado, e que os transtornos fizeram o faturamento cair pela metade.
“Em função do apagão, tivemos um prejuízo de pelo menos 50% no faturamento. A casa vinha cheia desde a hora do almoço, com um público muito bom, e quando a luz acabou os clientes fecharam as contas e tivemos que encerrar as atividades. Também tivemos prejuízo para pagar a banda, já que muita gente recusou pagar o couvert artístico, já que os músicos tiveram que improvisar um set acústico. Além disso, para agravar ainda mais a situação, ficamos sem água, o que já ocorreu em outras ocasiões. A Prolagos interrompeu o fornecimento e afirmou que seria reestabelecido às 15h do sábado, mas a água só voltou durante as primeiras horas do domingo.
