Pescadores flagraram centenas de peixes agonizando e morrendo na beira da Lagoa de Araruama, na Região dos Lagos do Rio, na tarde desta sexta-feira (22).
Segundo eles, camarões, tainhas, carapebas e carapicus estão aglomerados nos trechos das praias da Pitória, Sudoeste e Centro.
Os pescadores temem que o motivo seja a falta de oxigênio e que isto esteja sendo provocado pela poluição da água.
Segundo o comandante do Grupamento Ambiental, Roselito dos Santos, a água está muito suja e com um cheiro forte.
Ele lembra ainda que a mesma situação aconteceu na região em 2009, quando centenas de peixes morreram devido à poluição da água.
De acordo com o presidente da Associação de Moradores do bairro Porto de Aldeia, Jorgino dos Santos, que também é pescador, a água está com uma coloração escura.
"Tem muito camarão na beira da praia. Isso é falta de oxigênio. Eles tão lutando aqui para sobreviver", disse Jorgino.
A Secretaria de Meio Ambiente da cidade e a Prolagos, concessionária responsável pelo saneamento e abastecimento de água na região, foram acionadas pelos pescadores.
A Prolagos disse que está tomando todas as providências necessárias para apurar a informação.
O que está sendo feito
A Prefeitura de São Pedro da Aldeia informou que profissionais da empresa Prolagos coletaram, nessa sexta-feira (22), amostras d'água para análise em laboratório, com objetivo de saber o que causou a mortandade dos peixes em trechos das praias da Pitória, Sudoeste e a do Centro.
O município disse ainda que "a busca por ações que levem à despoluição da Lagoa de Araruama é constante. Tanto que na última quinta-feira (21) o prefeito de São Pedro da Aldeia, Cláudio Chumbinho, se reuniu com os prefeitos de Arraial do Cabo, Renatinho Vianna, e de Iguaba Grande, Grasiella Magalhães, para pedir a abertura do Canal da Álcalis, o que pode ajudar na oxigenação da Lagoa de Araruama. A solicitação será encaminhada a representantes do Governo do Estado.
Paralelo a isso, o Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João aprovou nessa semana o projeto de uma obra que visa reverter o Canal e efluentes da Álcalis e também cria um campo de plantas aquáticas para evitar a passagem dos resíduos. O projeto, que ainda prevê a conclusão do cinturão de proteção da Lagoa de Araruama, ainda precisa passar por algumas comissões, e em seguida, a liberação de um licenciamento do Inea. O Fundo de Recursos Hídricos é responsável por destinar a verba, avaliada em R$1 milhão".
* Com informações do G1.