Hélice de avião da 1ª guerra mundial é encontrado no mar de Arraial do Cabo

A peça, que pesa mais de 300 kg, foi encontrada por um mergulhador profissional próxima ao Boqueirão


Uma hélice, que pode ser de um avião caça usado durante a Primeira Guerra Mundial, foi encontrada no mar de Arraial do Cabo pelo mergulhador Jorginho de Paula, na região conhecida como Boqueirão. Acompanhado de mais dois integrantes da equipe de resgate, Mateus e Assis, o mergulhador se assustou quando se deparou com a peça de mais de 300 kg, que demorou três horas para ser resgatada e estava a 17 metros de profundidade.

Jorginho, acompanhado de mais dois integrantes da "equipe de resgate" - Mateus e Assis - se assustou quando encontrou o objeto. "Era umas 6h da manhã. A gente estava fazendo o resgate da peça de uma embarcação o que foi perdida de uma escuna, e aí encontrei a hélice. Chamou a atenção que era uma peça estranha, que nunca vi, e o rapaz que trabalha comigo acessou a internet para fazer uma consulta. Eu pensei, ou é de avião ou de navio. Aí ele descobriu que era de avião. Foi aí que percebi que era algo importante e comuniquei a Capitania dos Portos, que enviou um perito e um mecânico e constataram que era peça de avião de caça e que era da 1ª Guerra Mundial - contou o mergulhador.

Jorginho disse ainda que o resgate da hélice foi feito com o apoio de representantes da Marinha e do Ibama, de modo a causar o menor impacto ambiental possível. A peça foi levada para a Praia dos Anjos. As autoridades militares definirão o destino do objeto.

NÃO É O PRIMEIRO CASO ENVOLVENDO EQUIPAMENTOS DE GUERRA EM ARRAIAL

Não é a primeira vez que a história de Arraial do Cabo se confunde com a história dos dois maiores conflitos mundiais. O livro "K'36, O Zeppelin que caiu no Cabo", de Leandro Miranda (Sophia Editora), lançado em março de 2017, por exemplo, conta a história do dirigível americano que sofreu um acidente em Arraial do Cabo e caiu em um morro da Ilha do Farol, em 17 de janeiro de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial.

"Ali era uma zona de passagem para um hangar que fica até hoje em Santa Cruz (no RJ). O dirigível ficou perdido no meio do nevoeiro e, de repente, já estava em cima do morro. Apesar do impacto, apenas dois dos dez tripulantes ficaram feridos levemente. O grande susto, contudo, não teve a devida documentação pelas autoridades norte-americanas e brasileiras na época", disse o autor na época do lançamento do livro, que aconteceu durante a Semana Teixeira e Souza, em Cabo Frio 

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