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CASO BUDEGA / Vítima de abuso registra ocorrência contra maestro nesta segunda (4) | RC24H | O Portal de Notícias da Região dos Lagos

CASO BUDEGA / Vítima de abuso registra ocorrência contra maestro nesta segunda (4)

Mesmo abalada, Kéren tem encontrado apoio de amigos e familiares para não deixar o caso impune, e afirma que irá nesta terça-feira (5) ao Ministério Público relatar os abusos sofridos. Ângelo Budega já havia sido acusado de pedofilia em 2010, e novas denuncias surgiram após o caso voltar à tona nas últimas semanas


Na tarde desta segunda-feira (4), a musicista Kéren-Hapuk Andrav, de 22 anos, foi até a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Cabo Frio registrar um boletim de ocorrência contra Ângelo Correa dos Santos, o Maestro Budega. A acusação é de que Budega teria abusado da jovem quando ela tinha 9 anos e fazia parte do Projeto Apanheite-te Cavaquinho, do qual o acusado era coordenador.

Mesmo abalada com as más recordações, Kéren tem encontrado apoio de amigos e familiares para não deixar o caso impune, e afirma que irá nesta terça-feira (5) ao Ministério Público relatar os abusos sofridos:

“Relatei detalhadamente todo o abuso que sofri quando criança, e minha avó e minha irmã, que foram as únicas pessoas ao qual contei o caso na época, foram intimadas e prestarão depoimento nesta terça (4). Depois disso, o Ângelo Budega também será intimado a depor. Perguntei a um oficial como está o andamento do processo aberto contra o Budega em 2010, e fui informada que esse processo ainda está em aguardo. O próximo passo é ir ao Ministério Público buscar orientação sobre o passo a passo que preciso seguir para dar prosseguimento à denúncia e fazer com que o caso não seja abafado como ocorreu anteriormente” – disse Kéren.

Em 2010, Ângelo Budega foi acusado de abusar sexualmente de uma menina de 10 anos. Na época, o fato teve grande repercussão na cidade. Mas, tempos depois, o maestro continuou a fazer parte do circuito cultural cabo-friense.

Ir à delegacia e oficializar a denúncia foi muito importante para trazer seriedade ao caso, que por si só já é muito sério e grave, mas que se tornou ainda mais relevante pelo fato de muitas pessoas terem desmerecido minha denúncia, dizendo que eu estou inventando e quero tirar algum tipo de proveito, o que é algo absurdo, porque não tenho nada a ganhar. Muita gente tenta diminuir a gravidade do caso porque não houve um estupro, com penetração. No entanto, a sociedade precisa estar atenta às diversas formas de abuso que muitas mulheres e crianças sofrem, desde as mais discretas, feitas de forma velada e indireta, mas que nos atingem de forma direta e são bastante agressivas, dolorosas e traumáticas. Também farei contato com as outras pessoas que manifestaram terem sido vítimas do Budega para que elas registrem uma ocorrência e não deixem isso tudo cair no esquecimento novamente. Agradeço o apoio de todos que de alguma forma se sensibilizam com toda a situação e que buscam combater toda e qualquer forma de abuso” – relatou Kéren.

Após as acusações de pedofilia contra Budega voltarem a repercutir nas redes sociais nas últimas semanas e gerarem novas denúncias contra o músico, a Secretaria de Cultura de Cabo Frio cancelou um evento do qual o maestro seria atração.

 

ENTENDA O CASO

Maestro Budega é idealizador do 'Projeto Apanhei-te Cavaquinho', de educação musical informal. Em 2010, a vítima de abuso, uma menina de 10 anos, era participante do projeto. 

Segundo a denúncia, Budega foi buscar a menina em casa, com a justificativa de dar uma aula particular e ensiná-la uma nova música. Depois de muita insistência, o maestro conseguiu levar a garota. Ele desapareceu com a criança por cerca de três horas.

A avó da menina contou que, quando o maestro voltou, a criança desceu do carro transtornada, com as mãos cruzadas sobre o peito e trêmula. A tia da garota percebeu o estado de choque e a menina acabou relatando o abuso, ao ser questionada. Na época, o músico negou a acusação e se recusou a falar sobre o assunto. Agora o fato se repete.

Em uma publicação nas redes sociais, a designer Manuela Paiva questionou a participação do músico nos eventos culturais de Cabo Frio e, nos comentários da publicação, mais vítimas do maestro decidiram expor novos casos de abuso e pedofilia.

"Em minha pré-adolescência fui perseguido por algumas vezes por esse senhor. Eu a pé e ele sempre de carro. Mas eu sempre fugia", comentou um rapaz.

Em um outro depoimento, uma jovem de 24 anos, contou que uma amiga também sofreu abusos do músico e acabou se envolvendo com drogas:

"Não sofri abuso da parte dele, porque quando percebi o tipo de pessoa que ele era, me afastei. Estava na 4ª série quando tive contato com esse cara. Ele dava aula de violão e cavaquinho em uma escola. Quando estava na frente de adultos, se comportava de um jeito, mas quando não tinha a presença de um adulto, usava palavras de duplo sentido e até mesmo palavrões. Mas como eu era uma criança que dava trabalho na escola, eles não me deram ouvidos. E daí o pior aconteceu: uma amiga minha foi abusada e aliciada por ele. Tem problemas com drogas até hoje".

"Eu resolvi comentar no post de denúncia na rede, porque ainda haviam pessoas que não acreditavam que ele tinha feito isso, porque é assunto sério e não se pode acusar alguém tão gravemente assim. Então, eu tinha que fazer algo para a não perpetuação da cultura do estupro, da pedofilia. Eu não tive voz por anos. Uma criança não consegue falar abertamente sobre as questões. Elas precisam ser protegidas, amparadas, orientadas. (...) Somente 12 anos depois estou falando sobre isso e poderia ter evitado que aquela outra criança e tantas outras sofressem o mesmo. Então eu sufoquei o medo que me sufocava e falei" - desabafou Kéren.

Em uma carta ao Portal RC24h, a musicista contou com detalhes todo o sofrimento e terror psicológico e físico que passou com Budega.

“Eu ficava travada, não conseguia reagir e acabava agindo naturalmente também, apesar de estar morrendo de medo”, relata Kéren, afirmando que Budega não era agressivo e sempre agia com naturalidade quando tentava tocá-la, o que lhe causava confusão.

Em meio a várias tentativas de abuso da parte do maestro, a última tentativa marcou Kéren de vez. Foi quando ela resolveu contar para a avó o que havia acontecido e saiu de vez do projeto:

"O pior dia foi quando ele me levou para um lugar estranho e falou que ia me deixar dirigir. Ele me forçou a sentar no colo dele. Mais uma vez, eu pedi para ele me levar para casa, morrendo de medo. Quando eu percebi, ele estava com o pênis para fora. Eu entrei em desespero, mas sempre tive que ficar contida e não demonstrar medo até ele me deixar em casa, porque eu tinha muito medo do que ele pudesse fazer. Ele continuava a ser ‘bonzinho’ e a agir como se nada estivesse acontecendo" - expõe a compositora.

 

O QUE DIZ A DEFESA DE BUDEGA

Após o caso voltar à tona, a reportagem do Portal RC24h entrou em contato com Ângelo Correa dos Santos, o Maestro Budega. O músico solicitou que o contato fosse feito por meio da consultoria jurídica Wyppeth, responsável pelo cuidado do caso. Em nota, a consultoria afirmou que não poderia tratar do caso por telefone, mas afirmou que "o Sr. Budega está à disposição para prestar todas as informações que se encontram disponíveis pertinentes ao fato, para análise e convicção própria de cada um. Ele tem dito que não são verdadeiras as alegações divulgadas. Contudo, como envolve questões relacionadas à intimidade e privacidade de pessoas, e, por se tratar de questão relacionada à criança ou adolescente, existe, por obrigação legal, sigilo judicial, com restrição na divulgação dos fatos, objetivando não expor criança e/ou adolescente, estando os fatos corretos ou não. De todo modo, como forma de resguardar responsabilidades e medidas reparatórias, se torna importante a manifestação dos fatos pessoalmente, evitando entendimentos distorcidos ou intencionalmente direcionados para uma finalidade específica que não o melhor direito".

Segundo a consultoria, para o maestro, a questão "refere-se ao questionamento do porque o Sr. Budega se encontra participando em eventos significativos na cidade. (...) Aparentando que, na verdade, o que se deseja é se promover tentando destruir a imagem e reputação às custas da honra alheia".

 

PEDOFILIA É CRIME. DENUNCIE

Casos de pedofilia precisam ser denunciados. O canal mais indicado para denunciar é o Disque 100, do Governo Federal. A denúncia pode ser feita anonimamente. O serviço funciona diariamente das 8h às 22 horas, inclusive nos finais de semana e feriados.

Categorias: Cabo Frio Polícia

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