Fiscais da Coordenadoria de Meio Ambiente de Cabo Frio vão notificar e demolir uma obra em área de preservação ambiental, atrás dos quiosques da Ilha do Japonês, em Cabo Frio, que virou caso de polícia neste sábado (15) à tarde. Ao perceberem a movimentação da equipe de três pedreiros na área, onde colunas de madeira foram colocadas, funcionários da Nova Cabo Frio Estacionamento – empresa subsidiária da da São José Desenvolvimento Imobiliário 35 S/A, proprietária das terras – impediram a entrada de um caminhão com materiais de construção. PMs estiveram no local.
De acordo com o Coordenador de Meio Ambiente de Cabo Frio, Mário Flávio, a construção é irregular. "Ali não pode construir. As construções que já existem são antigas. E novas não são permitidas", disse o coordenador, sem precisar, no entanto, se a equipe chegaria à Ilha do Japonês ainda este sábado, já que os agentes estavam numa operação em Tamoios.
Rolsima Tavares, responsável pela obra, alegou que a intervenção é feita para uma associação beneficente, que, segundo ela, funciona numa casa ao lado. "Estamos colocando estacas para tapar [o terreno com telhas], pois lidamos com crianças. Edificação é quando usamos tijolo e cimento. Edificação não é troca de telhado. É parede", argumentou.
No entanto, o secretário sustenta a irregularidade. "Pelo que vi nas fotos, parece construção. De qualquer forma, não pode", pontuou.
O gerente de operações do estacionamento, Igor Benites, diz que a obra já acontece há alguns dias. "Percebemos a chegada de material de construção: cimento, areia, pedra. Eram sinais de que ali iria acontecer uma edificação. Não é possível que uma estrutura desse tamanho sustente um telhado sem cimento. Sem cimento, cai. E cimento aqui não pode", afirmou.
*Com informações da Folha dos Lagos.