Nem todos os que evitam envolvimentos afetivos, possuem o medo de amar. Existem pessoas que de alguma forma aprenderam a se sentir bem sozinhas e não desejam se envolver em um relacionamento íntimo.

Mas como saber quando realmente se está com medo de amar? Existe alguns possível indicadores: 

- Você costuma achar que o outro não irá gostar de sua companhia?

- Sente medo de receber negativas ao demonstrar seu interesse?

- Já se apaixonou sem permitir que o outro soubesse dos seus sentimentos?

- Já abandonou alguém por medo de ser abandonado antes?

- Afastou-se de um relacionamento por medo de se comprometer?

- Evitou entregar-se a uma relação por receio de perder a sua liberdade?

- Evitou ou terminou um relacionamento por acreditar que sentiria as mesmas decepções e dores de antigos amores frustrados?

Se algumas dessas situações já ocorreram em sua vida mais de uma vez, você pode ter ou estar desenvolvendo o medo de amar.

Outras características bem comuns em quem desenvolveu um medo patológico de amar é o fato de desejar ter um relacionamento em que possa amar e ser amado e, ao não conseguir, sofre e se sente muito solitário. O indivíduo tende interpretar que "tem azar" ou que a "culpa" é sempre do outro.

Uma pessoa pode desenvolver esse medo por várias razões. Em alguns casos, esse é decorrente do pareamento com experiências desagradáveis passadas e se manifesta por meio de comportamentos de fuga, na tentativa de evitar passar pelas mesmas experiências novamente.

Algumas dessas experiências frustrantes podem ter sua origem em ideias distorcidas de perfeição que o indivíduo possui sobre a vida a dois. A idealização de um "amor perfeito" tende a levar a exigências excessivas sobre o pretendente e consequentemente, a decepções. Estas idealizações nunca são alcançadas, por se tratarem de expectativas irreais.

Seja qual for a origem, o medo patológico de amar tende a causar sofrimento, abalando a autoestima, a autoconfiança e as relações sociais.

O primeiro passo para curar-se desse medo, é reconhecer que ele existe e em seguida, buscar formas e ajuda para enfrentar esta situação, desenvolver uma visão mais realista sobre o amor, valorizar as coisas boas que um relacionamento amoroso pode oferecer e tomar consciência que em um relacionamento "perfeito", também podem haver conflitos e problemas, mas que estes também podem ser solucionados e que isto nem sempre tem que ser motivos para o término.

Alexandre Costa – Colunista do RC24h, Psicólogo, bacharel em Teologia e pós-graduado em Sexualidade humana.     www.facebook.com/alexandre.costa.psicologo