Os rodoviários de Araruama fazem, nesta quinta-feira (5), a partir das 7 horas, manifestação na rodoviária do município, no Centro, contra o avanço do transporte alternativo municipal e intermunicipal na cidade, que tem provocado um aumento no número de demissões entre motoristas e trocadores da Viação Montes Brancos. A greve da categoria foi suspensa após acordo firmado, durante reunião nesta quarta-feira (4), entre lideranças sindicais dos rodoviários e o prefeito Miguel Jeovani, que se comprometeu a intensificar a repressão às vans e lotadas ilegais na cidade e a firmar convênio com o Detro e a secretaria estadual de Transportes para o combate ao transporte irregular naquela região.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), Rubens dos Santos Oliveira, considerou o encontro com o prefeito positivo para os rodoviários, que têm seus empregos ameaçados pelo transporte ilegal.
"Vamos manter nossa mobilização e esperar as medidas que o prefeito está prometendo. O sindicato não pode ficar parado vendo os rodoviários sendo demitidos em uma época que a economia está em retração, dificultando a abertura de novas frentes de trabalho".
Ministério Público será acionado mais uma vez
Além disso, o transporte clandestino em Araruama, segundo Rubens teria apurado com rodoviários do município, estaria ligado ao ex-prefeito da cidade, Francisco Ribeiro, o Chiquinho, que, durante sua gestão, legalizou as vans e lotadas por decreto, ato que foi cassado posteriormente pelo Ministério Público.
"Vamos acionar mais uma vez o Ministério Público, pois há denúncias de ameaças contra rodoviários por parte do transporte irregular, inclusive com pneus de ônibus sendo furados. O Sintronac não vai deixar isso passar em branco", afirmou Rubens Oliveira.
A Montes Brancos foi a vencedora da licitação, realizada em 2013, para exploração do transporte público em 37 linhas na cidade e com conexões para Cabo Frio, Arraial do Cabo, Saquarema, Parati, Silva Jardim e Bacaxá.
