O cenário político em Cabo Frio está pegando fogo. E para aumentar ainda mais as labaredas, o deputado federal e ex-prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes (PMDB), em entrevista no Programa Informe Local, de Dionísio Quaresma, na Jovem TV, contou sobre o compromisso entre ele e o deputado estadual Janio Mendes (PDT) em prol da cidade. "Ele vai nos ajudar a governar Cabo Frio. Ele como deputado e eu como prefeito", afirmou Marquinho Mendes.
Na entrevista, discretamente, Marquinho acabou descartando a candidatura do pedetista à Prefeitura nas eleições do ano que vem. "Nosso grupo propõe que ele nos apoie em 2016. Ele tem o perfil do Legislativo e desempenha a função muito bem, sendo um dos deputados mais atuantes na Alerj. Pertencemos ao mesmo grupo político e vamos trabalhar para ganhar a eleição", disse o deputado federal.
Na verdade, o que Marquinho tem são as costas quentes. Bem visto pela alta cúpula do PMDB, ele espera que os caciques do governo estadual, Jorge Picciani e o próprio governador Luiz Fernando Pezão, entrem na jogada, fechando a aliança com o PDT em Cabo Frio. Se isso de fato acontecer, Janio Mendes não teria outra alternativa senão, apoiar a candidatura de Marquinho Mendes em 2016.
Beaseado em pesquisas, o ex-prefeito de Cabo Frio afirma que a aliança com o PDT está muito mais próxima do que parece. "Estamos muito na frente nas pesquisas. Todas as sondagens eleitorais apontam que, se a eleição fosse hoje, Marquinho Mendes seria eleito. Janio sabe disso. O PDT vai trabalhar com a gente no ano que vem, porque precisamos de todos. Vamos pegar a cidade falida e destruída", disparou o deputado federal.
NOME DO VICE AINDA NÃO FOI DEFINIDO
Por enquanto, o grupo de Marquinho está trabalhando os nomes para as pré-candidaturas a vereadores, de forma a fortalecer a base. Segundo ele, ainda não existe nenhum nome cotado para a vaga de vice-prefeito. "Não existe nenhum pensamento neste sentido. Estamos trabalhando a pré-candidatura", disse o ex-prefeito.
Nas negociações, Marquinho destaca que o grupo está receptivo a todos. E, ao contrário do que ocorreu na última eleição, quando a base aliada sofreu com a evasão para a oposição, neste ano o cenário é bem diferente. "Meu telefone não para. Muita gente querendo voltar. Desde já digo que ouço a todos e estou de braços abertos. Sou justo e vou continuar sendo. Mas no final depende do grupo, que é quem deve aceitar, ou não, novos membros", finalizou.