Consternação e tristeza.
Esse era o clima no fim da manhã de hoje, em um conjunto de quitinetes na Rua João Pessoa, no Centro de Cabo Frio.
Carlos Eduardo, mais conhecido como “Bola” ou “Leitinho”, acabou com a
própria vida, usando um revólver calibre 38 para dar um tiro na testa,
por volta das 11h40 desta quinta-feira (16).
Vizinhos, atentos aos seus afazeres domésticos, ouviram o
estampido e correram para ver o que tinha acontecido, encontrando Carlos Eduardo,
ainda com vida, no chão de sua casa, com a perfuração na testa.
Acionada a polícia, peritos chegaram ao local e atestaram a
morte de Carlos Eduardo.
Consternação
Muito conhecido das ruas do Centro de Cabo Frio, Carlos Eduardo
trabalhava com um carrinho de picolé há mais de 15 anos e, segundo uma vizinha “quando
chovia, vendia guarda-chuva. Era muito
trabalhador, calmo e do bem”.
Amigos, conhecidos e funcionários de supermercados e lojas
da região, clientes de Carlos Eduardo, não paravam de chegar ao local, tristes
e sem entender o motivo da atitude tomada por ele.
Uma vizinha chegou a comentar que ele era muito alegre e
vivia participando de reuniões no próprio condomínio, onde era o primeiro a
cantar e contar piadas.
Depressão
Já a algum tempo, Carlos Eduardo vinha demonstrando sinais
de depressão e chegou a comentar com vários clientes que “um dia eu vou virar
manchete. Vou meter uma bala na minha
cabeça”. Mas, dada a tranquilidade e o
trato alegre que tinha com as pessoas, ninguém chegou a suspeitar que o que ele
dizia seria verdade.
Um companheiro na empresa de picolé disse que ele estava com dívidas e tinha terminado recentemente um relacionamento.
Carlos Eduardo não tem parentes em Cabo Frio e sua família é
de Minas Gerais. A empresa de picolés
onde trabalhava já se disponibilizou a arcar com as despesas caso haja a
necessidade de fazer o traslado do corpo para seu estado de origem.