Familiares e amigos de Paulo César Carvalho Filho estão preparando uma manifestação em frente ao Fórum de São Pedro da Aldeia, às 13h de quarta-feira (1), para protestar contra a prisão temporária dele há mais de 50 dias. Paulo César foi preso no dia 12 de fevereiro deste ano acusado de tentativa de homicídio no bairro Vinhateiro, mas segundo familiares, ele é inocente.

Segundo a esposa dele, que preferiu não se identificar, ele trabalha com lotadas para completar a renda familiar, mas é funcionário do Supermercado Atacadão. Na hora do suposto crime, Paulo Cesar estaria trabalhando e foi preso por engano.

“Meu marido [Paulo César] foi buscar uma cliente na residência dela durante a noite. Chegando lá, percebeu que existia uma briga entre ela e o marido e que os dois se agrediam verbalmente. O marido da cliente até tentou perseguiu o carro. Diante da confusão, Paulo César levou a cliente até o posto da Polícia Militar, em Campo Redondo, aonde ela foi levada à 125 DP para realizar a ocorrência e meu marido foi liberado. Na manhã do dia seguinte, quando Paulo Cesar já estava no trabalho, a polícia foi buscá-lo. Ele foi preso porque a vítima levou três tiros e reconheceu meu marido”, contou a esposa que completou:

“Foi um engano porque, no horário que a vítima foi baleada, Paulo Cesar já estava no Atacadão [emprego do acusado]. A vítima deu entrada no Hospital do Jardim Esperança às 9h20 com ferimentos à bala. Meu marido entra às 7h no emprego. E temos o vídeo das câmeras de segurança para provar que ele entrou no horário, além da folha de ponto assinada por ele. Ele não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo”, finalizou a esposa.

A família ainda suspeita de uma possível vingança. A esposa de Paulo César alegou que uma das hipóteses é que a vítima teria apontado Paulo César como autor por acreditar erroneamente que ele teria um caso com a cliente da lotada. “Acho que ele mentiu para se vingar. Mas, se foi isso, é falso testemunho”, reforçou ela.

O delegado da 125 DP, em São Pedro da Aldeia, Carlos Abreu, não quis comentar o caso já que o inquérito ainda aguarda julgamento. A prisão é apenas preventiva. Mas deixou claro que Paulo César Carvalho Filho foi preso em flagrante, pois houve reconhecimento da vítima, e que este é um procedimento padrão.