As crianças que não foram a um dos 34 postos de saúde de Cabo Frio no sábado (8), no dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo, ainda podem receber a dose da vacina. A Prefeitura de Cabo Frio continua promovendo a campanha em todo o município para vacinar crianças a partir de seis meses até cinco anos incompletos contra a poliomielite. Já na imunização contra o sarampo, a faixa etária do público-alvo é a partir de um ano até cinco anos incompletos.
Segundo a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde de Cabo Frio, Patrícia Freitas, a campanha segue até o dia 28 de novembro nos 34 postos de saúde do município, e no sábado, dia 22, haverá outra mobilização nacional, para intensificar a vacinação e atingir a meta de 95% de cobertura vacinal. Só sábado, 49,75% das crianças que fazem parte do público alvo da campanha contra a poliomielite foram vacinadas. Já em relação à vacina tríplice viral, que além do sarampo, também protege contra caxumba e rubéola, a cobertura vacinal foi menor. Apenas 27,07% das crianças que deveriam ser vacinadas compareceram a um dos postos de saúde para receber a dose da vacina.
- A vacinação contra a poliomielite foi satisfatória no sábado. De uma população de 12.354 crianças que fazem parte do público alvo da campanha, conseguimos vacinar 6.146, o que representa 49,75%. Até o dia 22 de novembro, acreditamos que vamos conseguir atingir a meta, que é de 95%. Já a tríplice viral foi menor a procura. De uma população de 10.909 crianças na faixa etária da vacina, conseguimos vacinar apenas 2.953, o que corresponde a 27,07%. Mas acreditamos que ao longo da semana, a procura nos postos de saúde aumente – explicou Patrícia Freitas.
Há pelo menos 25 anos nenhum brasileiro é atingido pelo vírus da poliomielite. Os casos de sarampo trazidos de fora para cá também têm se mantido sob controle. A poliomielite, é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança, quando infectada, não morre, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso e provocam paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. Já o sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, tosse, manchas vermelhas, coriza e conjuntivite. A transmissão acontece de pessoa para pessoa por meio de secreções expelidas ao tossir, falar ou respirar. A única forma de prevenção da doença é a vacinação.
As crianças que estiverem com o esquema vacinal da pólio e do sarampo em dia também podem receber vacinas. A recomendação é que se leve o cartão de vacinação para avaliação das doses de rotina. Patrícia Freitas explica que é importante vacinar as crianças de até cinco anos por que a situação da pólio e do sarampo no mundo ainda requer cuidados. Segundo ela, criar uma imunidade comunitária ou de rebanho (termo usado quando toda uma população-alvo está imunizada) ajuda a prevenir possíveis ameaças caso um estrangeiro chegue ao país com a doença.
- Há algum tempo, só tínhamos três países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão), mas no ano passado tivemos alguns reincidentes no Oriente Médio. Também países como a Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria, Etiópia e Quênia voltaram a ter situações de surto. Por isso é importante a manutenção, para resgatar possíveis falhas de cobertura – conclui.
Calendário
A vacinação contra a pólio prevê as três doses no primeiro ano de vida (aos dois, quatro e seis meses), com o complemento de dois reforços aos 15 meses e quatro anos de idade. Já a proteção contra o sarampo dá-se através da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), aos 12 meses, seguida da tetra viral aos 15 meses, que além das outras três doenças, também previne a varicela (conhecida como catapora).
