Jefferson, sobre ficar em 2015: "Se o Botafogo estiver pensando grande, ótimo"

Jogador atingiu o ápice da carreira no mesmo momento que o Botafogo enfrenta uma das maiores crises da história do clube


Titular da seleção brasileira, ídolo máximo da torcida do Botafogo, Jefferson vive uma situação insólita. Atingiu o ápice de sua carreira no mesmo momento que seu clube, o Botafogo, enfrenta uma das maiores crises de sua história, com risco elevadíssimo de ser rebaixado para a segunda divisão. 

Na última quinta-feira, numa conversa de quase uma hora no Engenhão, Jefferson abriu o coração. Acompanhado de dois assessores de imprensa, um particular e outro do clube, o goleiro falou sobre quase tudo. Só pediu para não falar mais sobre a crise do Botafogo, respeitando um trato feito no vestiário entre jogadores, comissão técnica e dirigentes. Hoje, o time enfrenta o líder Cruzeiro, no Mineirão, em nova batalha para evitar a degola. Para o capitão da equipe, até mesmo um empate será bem-vindo. “O importante é a equipe jogar bem”.
 
Você chega ao ápice de sua carreira no mesmo momento em que o Botafogo luta desesperadamente contra o rebaixamento. Como está convivendo com isso?
 
Realmente evoluí bastante em 2014. Disputei uma Copa do Mundo e hoje sou titular da seleção. Acho que isso é fruto da minha regularidade. Mesmo com o time mal este ano, consegui manter um bom nível de atuações. O segredo foi ter sabido diferenciar os dois ambientes, os dois momentos. O mau momento do Botafogo não me afetou (na seleção).
 
Mas teve a Copa do Mundo. Diego Tardelli disse que sentiu o ambiente carregado quando chegou à seleção no primeiro amistoso após o Mundial.
 
É verdade. Depois da Copa, ficou aquela desconfiança em todo mundo, inclusive entre nós. Os jogadores que estiveram no Mundial não sabiam como seria o recomeço (na seleção). Tínhamos que quebrar o gelo. Felizmente, vencemos os dois primeiros jogos e aos poucos a descontração está voltando. Hoje, já se vê o pessoal brincando no vestiário.

Mancini é expulso por reclamação com 4º árbitro: ‘Foi excesso de autoridade’
 
No primeiro tempo do jogo com o Cruzeiro, o Botafogo já perdia por 2 a 0 quando o técnico Vagner Mancini foi expulso. Ele reclamou e pediu atenção do quarto árbitro, por causa de uma vantagem mal dada pelo juiz Elmo Alves Resende Cunha (ignorou falta clara em Rogério). Acabou levando o cartão vermelho e saiu vociferando.
 
- Foi excesso de autoridade. Por que tenho que dar atenção e ele não pode? Ele tem que olhar para mim também. Só que os juízes estão sempre acima de qualquer coisa – reclamou à TV Globo.
 
O auxiliar Régis Angeli assumiu o time após a expulsão.

Cruzeiro mata o jogo em 15 minutos e aumenta a crise no Botafogo

Raposa derrotou o Alvinegro por 2 a 1 e manteve a diferença de cinco pontos para São Paulo, segundo colocado do Brasileirão; Cariocas caíram uma posição e seguem na zona de rebaixamento
O líder Cruzeiro derrotou o Botafogo na tarde deste domingo, no Mineirão, e manteve a diferença de seis pontos para o São Paulo, segundo colocado. A equipe Celeste liquidou a fatura logo no início, pois marcou dois gols nos 15 primeiros minutos da partida, com Marquinhos e Egídio. Com a derrota, o Alvinegro caiu do 17º para o 18º lugar e segue na zona de rebaixamento.
Na próxima rodada, o Cruzeiro recebe o Criciúma, domingo, no Mineirão. Já o Botafogo joga no sábado, contra o Atlético-PR, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

O JOGO

Pensando em fazer valer o fator casa, o Cruzeiro entrou com tudo na partida. E, logo aos quatro minutos, chegou ao primeiro gol. Rodrigo Souto tentou dominar a bola no peito, não conseguiu e acabou ajeitando para Marquinhos. O camisa 34 fez linda jogada e balançou a rede alvinegra.

Apesar de ter aberto o placar, a Raposa continuou em cima. Por isso, 11 minutos depois, ampliou a vantagem. Egídio cobrou falta com perfeição e a bola foi direto para o fundo das redes, passando por cima da barreira. Jefferson sequer se mexeu e apenas olhou a bola entrar. Aos 34 minutos, o técnico Vagner Mancini discutiu com o quarto árbitro e acabou expulso da beira do gramado.

Carlos Alberto critica ‘omissão’ do time no primeiro tempo e elogia 45 minutos finais
 
O meia Carlos Alberto lamentou a atuação apática do Botafogo no primeiro tempo na derrota para o Cruzeiro por 2 a 1 neste domingo, no Mineirão. Segundo ele, o desempenho alvinegro na etapa final mostrou que o Fogão poderia ter saído de Belo Horizonte com um resultado melhor.
 
- Deu para ver que poderíamos ter feito um primeiro tempo melhor. Na minha opinião, fomos omissos no primeiro tempo, e no segundo quando nossa equipe tentou jogar já era tarde demais. Mas o segundo tempo foi bem melhor – afirmou o jogador à TV Bandeirantes.

Gabriel: ‘Fizemos bom 2º tempo. É manter tranquilidade e ir para cima em casa’
 
O volante Gabriel preferiu não lamentar a derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, neste domingo, no Mineirão. O jogador quer o Botafogo já olhando para a frente para evitar o rebaixamento.
 
- É trabalhar como estamos trabalhando. Sabíamos que teríamos dificuldades, mas o Botafogo é time grande, tem que vir contra o líder para jogar. Saímos atrás no placar, mas fizemos um bom primeiro tempo, fizemos um gol e tivemos chance de fazer mais. É manter tranquilidade e ir para cima dentro de casa – afirmou à TV Globo.

Rogério e Junior Cesar lamentam vacilo logo no início do jogo: ‘Pagamos o preço’
 
O primeiro gol do Cruzeiro logo aos cinco minutos da etapa inicial, marcado por Marquinhos após uma falha de Rodrigo Souto, foi determinante para a derrota do Botafogo por 2 a 1, segundo os jogadores alvinegros.
 
- Sabemos da dificuldade que seria jogar aqui contra o Cruzeiro. Pagamos pelos cinco primeiros minutos, mas agora é pensar nos próximos jogos, teremos uma sequência de três jogos no Rio, é mentalizar para somar o maior número de pontos possível – afirmou o lateral-esquerdo Junior Cesar à TV Bandeirantes.
 
- Nossa equipe entrou do jeito que o (Vagner) Mancini pediu, vacilamos no gol, mas agora é esfriar a cabeça para conseguir os três pontos sábado – disse o atacante Rogério, à Rádio Globo, já projetando o duelo contra o Atlético-PR, em Volta Redonda.

Jefferson: ‘O Cruzeiro nem fez força no início. Nós os respeitamos demais’
 
No intervalo da derrota do Botafogo por 2 a 1 para o Cruzeiro, o goleiro Jefferson reclamou da postura do time alvinegro. Para ele, faltou mais futebol.
 
- Não jogamos contra o Cruzeiro, só marcamos. Eles não estão nem fazendo força. Temos que ter personalidade, botar a bola no chão e jogar – pediu o goleiro.
 
- Estamos sobrevivendo nesse primeiro tempo. Tem que botar bola no chão e jogar. respeitamos demais – disse ao PFC.

Estreante como titular, Murilo admite que jogou no sacrifício na parte final no Mineirão
 
Pela primeira vez titular do Botafogo, o jovem atacante Murilo ficou satisfeito com sua atuação na derrota para o Cruzeiro por 2 a 1 na tarde deste domingo, em Belo Horizonte. O jogador admitiu que jogou a parte final do duelo no sacrifício, com muitas dores no joelho.
 
- Tomei uma pancada no joelho, senti cãimbra, infelizmente… Mas comecei o segundo tempo bem. A equipe fez um belo segundo tempo praticamente com um jogador a menos, porque deixei de participar um pouco. Temos condições de sair dessa situação. Essa pressão no fim serve de inspiração para a gente – afirmou o camisa 77 à TV Bandeirantes.

Murilo vê "totais condições" do Bota sair do Z-4, e Gabriel quer "ir pra cima"

Volante pede postura semelhante ao do segundo tempo deste domingo, ao seu ver bom, para próximo duelo. Já o atacante tira "inspiração" de partida contra Cruzeiro

Era sabido que o jogo seria difícil, afinal, tratava-se do líder do campeonato. O resultado acabou sendo o negativo, 2 a 1 para os donos da casa. Porém, para os jogadores do Botafogo, foi possível tirar algumas "inspirações" da partida contra o Cruzeiro, no Mineirão, na tarde deste domingo. Especialmente no segundo tempo, avaliado como bom pelos atletas, quando a equipe cresceu na partida - mais pela recuada de ímpeto do adversário do que propriamente pelo futebol apresentado pelo Alvinegro.

Para Murilo, o Botafogo tem "totais condições" para sair da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro - atualmente é o 18º colocado e está a um ponto de sair do Z-4.

- Foi uma infelicidade nossa tomarmos o gol. No Mineirão, o Cruzeiro é assim: ataca no começo, consegue o gol e acaba tendo mais facilidade. No segundo tempo, voltamos bem, foi um jogo mais parelho. Isso serve de inspiração. Não tomamos mais nenhum gol e fizemos o nosso. Não pode desmerecer a nossa equipe. Tem mais jogos pela frente. Temos totais condições de sair do Z-4. Temos mais três jogos como mandantes para tentar sair dessa - disse, na saída de campo, após a partida.

O volante Gabriel compartilha do mesmo otimismo. E viu um bom segundo tempo do Botafogo, assim como o colega de frente. Para o próximo duelo, contra o Atlético-PR, no sábado, quer ver sua equipe indo para cima do adversário.

Jobson: ‘No segundo tempo jogamos e trabalhamos a bola, aí chegamos ao gol’
 
Jobson entrou no segundo tempo da derrota do Botafogo por 2 a 1 para o Cruzeiro. Ciscou, driblou, teve duas oportunidades, mas não marcou. O atacante considerou que o time saiu com o resultado negativo por causa da etapa inicial.
 
- Sabemos que o Cruzeiro é a melhor equipe do campeonato, mas viemos com a intenção da vitória. No segundo tempo, jogamos e trabalhamos a bola, aí chegamos ao gol. Agora é trabalhar para o próximo jogo – afirmou Jobson ao PFC.

Moreno adota sinceridade, ‘ajuda’ a arbitragem e ganha elogios de Jefferson
 
Uma cena, ainda incomum no futebol brasileiro, quando muitas vezes os jogadores tentam enganar os árbitros, chamou a atenção no jogo entre Cruzeiro e Botafogo, neste domingo, no Mineirão. No primeiro tempo, Marcelo Moreno contrariou marcação da arbitragem favorável ao time celeste, entregando que a bola havia tocado nele e não sido recuada para o Jefferson.
 
Dessa forma, o árbitro Elmo Resende Cunha voltou atrás em sua marcação e a bola foi dada, corretamente, para o alvinegro carioca. “Com certeza, é importante para o futebol brasileiro a gente vê isso na Europa, pode fazer isso no Brasil”, afirmou Marcelo Moreno, em entrevista ao canal Première. Ele garante que sua atitude não teve a ver como fato de o Cruzeiro estar vencendo o jogo.
 
“Independente do resultado, faria isso de qualquer maneira. Se fosse gol, criaria uma polêmica, então, o melhor é fazer o certo”, filosofou o atacante cruzeirense, que chegou a ser cumprimentado pelo goleiro botafoguense Jefferson.

Mancini vê estratégia do Bota ir pelo 'ralo' com gols sofridos no início

Técnico do Botafogo destacou que levou tempo para arrumar a equipe após sofrer o segundo gol. 'O emocional pesa', afirmou Mancini, que foi expulso.

O Botafogo perdeu para o Cruzeiro e segue na zona de rebaixamento. Questionado sobre se seus planos táticos para a partida foram pelo ralo com os dois gols sofridos nos primeiros minutos, Mancini foi sincero e disse que sim. Para ele, a desvantagem no placar mudou tudo o que estava planejado para o jogo.

- Foi sim, né (pelo ralo). Levar um a zero aos quatro minutos, depois o segundo gol, tem de alterar o plano de jogo. Você estuda o adversário a semana toda, pensando em uma solução, uma postura defensiva, que não sofresse risco, aí sofre o gol. Assim, as coisas tendem a ficar muito mais difíceis. O segundo gol foi um erro de passe nosso, o Egídio achou uma falta. Aí até arrumar a equipe leva um certo tempo. Além do abatimento natural, o emocional pesa, isso acabou só sendo acertado no intervalo e isso fez com que o Botafogo jogasse muito pouco no primeiro tempo. Sabíamos que seria um jogo muito difícil - destacou o treinador, que foi expulso em Minas.
Na próxima rodada, o Botafogo joga em casa. A equipe recebe o Atlético-PR, sábado, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A partida está marcada para às 21h. O Alvinegro pode deixar a zona de rebaixamento se vencer e Coritiba e Vitória tropeçarem em seus respectivos jogos.

Árbitro relata xingamentos de Mancini e ameaça: ‘Estou te esperando lá embaixo’
 
Irritado com a arbitragem deste domingo, o técnico do Botafogo, Vágner Mancini, se exaltou no confronto diante do Cruzeiro, no Mineirão. O comandante xingou o quarto árbitro da partida, e acabou sendo expulso ainda no primeiro tempo. O árbitro principal, Elmo Alves Resende Cunha, relatou o desentendimento na súmula.
 
“Você é um b…, não vale nada! Estou falando com você, você tem que olhar para mim. Quero você lá no vestiário. Você é um m…, estou te esperando lá embaixo”, foi o que o treinador proferiu, segundo o árbitro.
 
No segundo tempo, enquanto o comandante assistia a partida por um camarote, o quarto árbitro encontrou dois telefones em uma mala no banco de reservas alvinegro. Mancini se explicou, e negou que tenha entrado em contato com alguém dentro de campo, o que não é permitido.

Bota precisa de aproveitamento de campeão e sequência inédita para não cair
 
Após mais uma derrota no Campeonato Brasileiro – já são 17 em 32 jogos –, jogadores e comissão técnica do Botafogo tentam não desanimar e falam em tranquilidade para conseguir sair da incômoda posição na zona do rebaixamento. O problema é que os números mostram que a realidade alvinegra é bem mais delicada que o discurso do elenco.
 
Restando poucos jogos para o final da competição, o time de General Severiano precisará de uma sequência que jamais conseguiu neste campeonato: 12 pontos em seis rodadas, visto que a comissão técnica acredita que um clube possa se salvar com 45 pontos.
 
Para atingir o objetivo e livrar a temida queda para a segunda divisão, o Botafogo terá que manter um aproveitamento digno de campeão brasileiro: 66,6% – semelhante ao do líder Cruzeiro.
 
“A situação é delicada, o ano não é fácil, mas precisamos lutar para conseguiur estes pontos. Não podemos nos entregar. A situação é desesperadora, mas o campeonato ainda está aberto”, avaliou o técnico Vagner Mancini.

Após perder para o Cruzeiro, chance de rebaixamento do Botafogo é de 61%
 
De acordo com o site Infobola, do matemático Tristão Garcia, com a vitória sobre a Chapecoense por 3 a 0, o Flamengo já está livre do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O Botafogo, por sua vez, após a derrota de 2 a 1 para o Cruzeiro, agoniza e agora tem 61% de chances de cair.
 
O Rubro-negro chegou a 43 pontos na competição e está na décima posição. O Alvinegro, após mais um revés, está na 18ª colocação com apenas 33 pontos, um atrás do Vitória, primeiro fora da zona da degola.
 
Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Sport na Ilha do Retiro. Já o Botafogo tem pela frente o Atlético-PR, no Raulino de Oliveira.
 
Na parte de cima da tabela, o Fluminense, com a vitória sobre o Goiás, aumentou as suas possibilidades de Libertadores. Agora, o Tricolor, que está no G-4, tem 40% de chances de se classificar.

Jefferson: ‘Podemos e vamos ficar na 1ª Divisão. Com certeza vamos sair dessa’
 
Capitão do Botafogo, Jefferson já escapou do rebaixamento com o time em 2004 e em 2009. Este ano, apesar de o time estar no Z-4, ele mantém a confiança de que seguirá na elite do futebol brasileiro.
 
- Podemos e vamos (ficar na 1ª Divisão). Com certeza vamos sair dessa. O grupo está fechado, unido e quem viu esse segundo tempo viu que a gente está querendo. Então pode ter certeza que a gente vai sair dessa – afirmou Jefferson ao site “Globoesporte.com”.
 
O goleiro comentou a derrota para o Cruzeiro.
 
- No primeiro tempo a gente só defendeu, não chutamos uma bola no gol do Fábio. No segundo, colocamos a bola no chão e jogamos. Não tem bicho papão, a gente sabe que a equipe do Cruzeiro é boa, mas a gente sabe que tinha condições de fazer um jogo melhor, um placar melhor. Infelizmente a gente só reagiu no finalzinho, mas serve de lição para os próximos jogos – comentou.

Categorias: Opinião

Fotos da notícia




Outras notícias