Cresce o número de soropositivos em Cabo Frio

Até março deste ano, havia 549 pessoas soropositivas no município; em agosto último esse número, infelizmente, cresceu: 30 novos casos de aids em homens e 45 em mulheres


Os números da aids cresceram cerca de 13% em Cabo Frio, até agosto último, de acordo com dados divulgados pelo Programa Municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais. 

Até março deste ano, havia 549 pessoas soropositivas no município e 365 estavam fazendo uso de antirretrovirais, sendo eles: 210 homens, 136 mulheres, seis gestantes, sete crianças e oito adolescentes. Em agosto último esse número, infelizmente, cresceu: 30 novos casos de aids em homens e 45 em mulheres; em ambos os casos, a maioria em entre 18 e 30 anos. 

Apesar da frequente realização de ações de conscientização quanto à doença, os números ainda são elevados, segundo a coordenadora do programa municipal. "Gostaríamos de ampliar o atendimento, atender mais pessoas, estender o horário de atendimento, mas isso somente será possível quando pudermos ampliar nossos serviços e para isso necessitamos de espaço físico e estrutura material", disse a coordenadora do Programa, Ana Paula Aguiar. Em Cabo Frio, o atendimento é feito no Hospital São José Operário, na Rua Governador Valadares, 22, bairro São Cristóvão.

No Brasil

No Brasil, segundo dados divulgados Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, aponta que o índice de novos infectados pelo vírus no Brasil subiu 11% entre 2005 e 2013, tendência contrária aos números globais, que apresentaram queda. No mesmo período, a quantidade de casos no mundo caiu 27,5%, de 2,9 milhões, em 2005, para 2,1 milhões, em 2013. Desde 2001, a queda foi de 38%.

Segundo o relatório da ONU, o Brasil tinha 730 mil pessoas com Aids vivendo no país até o ano passado, número que representa 2% do total mundial. Estima-se que 44 mil pessoas tenham contraído o HIV apenas em 2013, montante que também representa 2% do total global.

O relatório da Unaids destaca os avanços no acesso aos tratamentos antirretrovirais, com 12,9 milhões de pessoas atendidas em 2013, contra apenas 5,2 milhões em 2009. Mas o importante avanço é inferior à meta da ONU, que espera 15 milhões de atendidos em 2015. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu recentemente mais esforços para tratar em particular os homens que têm relações sexuais com homens, as pessoas transgênero, detentos, profissionais do sexo e usuários de drogas. 
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