Silva conta que na sexta-feira (22), ela se sentiu mal por volta das 10h e foi para o hospital. Como estava com 40 semanas e 4 dias de gestação ela foi submetida a alguns exames e ficou em observação, na sala do pré-parto. Segundo ela a pressão arterial estava alta. Por volta das 16h a bolsa de líquido amniótico estourou, mas como ela não sentia as contrações os médicos, Carlos Ceaba e Laerte, que a atenderam, disseram que ela teria que esperar: “Somente na madrugada de sábado eu comecei a sentir algumas contrações, então os médicos me deram um remédio para aumentar a dor e mandaram eu fazer agachamentos, mas o parto normal só foi feito no sábado à noite”, relembra Silvana.
Ela afirma que ficou dois dias sem comer e que foi obrigada a fazer muito esforço para o bebê nascer. O menino nasceu aparentemente bem, com 4.190kg e 50cm, mas na segunda-feira (25) ele morreu. De acordo com atestado de óbito, assinado pelo médico pediatra Carlos, a causa da morte foi asfixia neonatal.
Inconformada com a morte do primeiro filho com um dia de vida, Silvana afirma que pretende processar o hospital por negligência médica: “Eu já registrei um boletim de ocorrência na delegacia e vou abrir um processo criminal contra o hospital, porque o meu bebê estava bem durante a gravidez e não deveria ter morrido se não houvesse negligência por parte do hospital. O meu filho passou do tempo de nascer. Isso não pode ficar impune. Era o meu primeiro filho, tão desejado”, desabafou Silvana.
Procurada pela equipe de reportagem do Portal RC24h, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Araruama informou que o Hospital São Silvestre ainda não foi notificado oficialmente sobre a denúncia. De acordo com o diretor de jornalismo Camilo Mota, a direção do hospital afirmou apenas que a paciente Silvana teve toda assistência necessária durante o tempo em que esteve internada na unidade.
